Impressões Digitais: João Marçal (Leões de Porto Salvo)


O ala do Leões de Porto Salvo é adepto dos desportos de pavilhão, adora cozinhar e tem um projeto de futsal.

Qual foi a pessoa que mais influenciou a tua carreira?
Foram várias pessoas, em várias etapas da minha carreira. No início foi o meu treinador no Brinca na Areia e no Atlético Clube de Odivelas, o míster Ricardo, uma pessoa fantástica que me acompanhou durante vários anos nas camadas jovens e me ensinou o essencial em termos de valores e competências necessárias para a prática do futsal. E, como é óbvio, a nível humano, ensinou-me coisas importantes para ser um bom jogador e um bom homem. Depois surgiu o Orlando Duarte, que apostou em mim no Sporting. Depois tive o Beto Aranha, um treinador que trouxe muita coisa nova e com o qual aprendi bastante. Valorizou-me bastante e foi quando se deu a minha entrada mais contínua na Seleção. Depois, entre outros, tive um que foi meu treinador durante muitos anos e que, apesar de não ser profissional, me ensinou muita coisa: o Luís Alves, no Olivais. E, por último, um treinador que tive pouco tempo, mas que, com esta idade, ainda despertou mais em mim a vontade de jogar futsal, que foi o míster Alex Pinto, no Burinhosa. Gostei imenso de trabalhar com ele. E, sem dúvida alguma, a minha família, que tem sido um pilar essencial, em particular a minha mulher.

Quem é o teu melhor amigo no futsal?
Entre outros, que me acompanharam e marcaram, tenho amigos de longa data como o Zezito, o Bebé e o João Benedito. São três grandes referências para mim.

Ídolo?
Desde o início que houve um jogador que me marcou bastante. Quando comecei gostava muito de o ver jogar, o Ivo Cristóvão. Um jogador já de há muitos anos, mas era uma referência. Adorava vê-lo jogar. Hoje, aquele com que treinei e joguei e que mais dou valor por tudo aquilo que é e representa para todos, é o Ricardinho. É um jogador que treinava da forma como jogava. Treinei com ele no Benfica e pude constatar isso. De facto, é extraordinário. Merece todos os títulos que tem ganho e ser considerado o melhor de todos os tempos.

Clube de infância?
Fui habituado a gostar do Benfica, porque o meu pai é sócio do Benfica, depois quando fui para o Sporting passei a ser simpatizante do Sporting. Entretanto troquei novamente para o Benfica, mas vou ser o mais sincero possível: não vejo futebol, não ligo nada a clubismos, nada, zero. Costumo dizer que simpatizo com todos os clubes. Mas não gosto muito de ver futebol e cada vez menos. Só vejo os golos nos resumos, não consigo ficar a ver um jogo porque não tem muita intensidade. Os desportos de pavilhão cativam-me mais do que um jogo de futebol.

Memória mais marcante no futsal?
Foi o primeiro dérbi, um Sporting-Benfica. Empatámos 3-3 e eu fui o primeiro a marcar nos dérbis. A nave de Alvalade estava cheia e foi um momento marcante. Até me estou a arrepiar por me estar a lembrar desse momento!

Além de jogador, que outra atividade tem?
Iniciei um projeto meu, que se chama Crescer com o futsal, em que apresentei a modalidade futsal a escolas e colégios. Começaram a incorporar o futsal nas suas atividades e leciono futsal a esses alunos. Graças a Deus, tem vindo em ascensão. E tenho outro projeto associado ao sítio no qual vivo, sou a cara da associação, que se chama Club Desporto Jardim da Amoreira. Neste momento tem cerca de 225 atletas, desde os quatro até aos 18 anos.

Tens algum ritual ou superstição antes dos jogos?
Benzo-me sempre porque acredito e já tive várias provas de que às vezes há uma ajuda que está por trás de mim. A minha família também é católica, somos praticantes, vamos todos os domingos à missa. É o único ritual que tenho: benzo-me sempre e acredito.

Qual o desporto que mais gostas a seguir ao futsal?
Gosto de ver um bom jogo de andebol.

Qual é o teu prato favorito?
Tenho tantos, sou um bom garfo. Um bom cozido à portuguesa ou uma boa feijoada! [risos] Feitos pela mãe melhor ainda, como é óbvio. Sou muito português nesse aspeto.

Filme favorito?
Sem dúvida alguma, o Braveheart.

Programa de TV ou série favorita?
Vejo muito pouca televisão. O último programa que vi foi o MasterChef Austrália.

Livro favorito?
Não leio muito, mas gosto mais de livros de aventura. Nada de romances nem nada disso.

Grupo ou cantor de eleição?
Oiço todo o tipo de música. Gosto muito de música portuguesa. Se calhar o meu cantor preferido, aquele que gosto de ouvir, sempre me marcou e marcou um bocadinho a minha relação com a minha esposa é o Enrique Iglesias.

Férias de sonho?
Com a minha mulher, como é óbvio, e se calhar nas Maldivas. Ou voltar à Tailândia, por exemplo.

Cidade favorita?
Gosto muito de São Miguel, Praga também é uma cidade lindíssima e, sem dúvida, Lisboa.

Hobby preferido?
Cozinhar. Adoro cozinhar!

Qual foi o dia mais feliz da tua vida?
O nascimento dos meus filhos e o meu casamento.


Perfil
Nome: João Miguel Fernandes Marçal
Data de nascimento: 30 de abril de 1980
Posição: Ala
Percurso como jogador: Sporting, SL Olivais, Benfica, SL Olivais, AMSAC, Burinhosa e Leões de Porto Salvo.