Qual foi a pessoa que mais influenciou a tua carreira?
Eu só comecei a minha carreira, se assim o podemos chamar, aos 15 anos, no Amorim. Por um feliz acaso, fui lá fazer um treino e fiquei por lá até hoje. Recordo-me bem do primeiro jogo. Entrei, já tinha começado a época, e no meio de tantas jogadoras já com experiências a nível competitivo, fui titular e marquei três golos. Foi fantástico! Desde que me conheço que tenho esta paixão pelo futebol. Provavelmente, a imagem que aqueles que cresceram comigo têm de mim é com uma bola nos pés.

Quem é a tua melhor amiga no futebol?
Já criei muitos laços de amizade no futebol. Tenho colegas de equipa com quem mantenho boas relações fora do balneário e treinadores com quem mantenho contacto. Mas a pessoa que mais tenho a considerar é o nosso atual diretor desportivo, Belmiro Vilar, que acompanhou todo o meu percurso desportivo. Já estou no Amorim há 13 anos e ele já por lá andava. É uma excelente pessoa e não deixa que falte nada ao escalão feminino.

Ídolo?
O Cristiano Ronaldo é um jogador fora de série. É nosso, é português, e tenho muito orgulho nisso. Quando era criança era fascinada pelo Nuno Gomes: era matador e não perdoava nada em frente à baliza. No que diz respeito ao futebol feminino, e ao nosso país, gosto de ver jogar a Norton, a Ana Borges, a Diana Silva e Jéssica Silva.

Clube de infância?
SL Benfica.

Memória mais marcante no futebol?
A nível coletivo foi quando fomos campeãs de série. Fomos disputar a fase de subida logo no primeiro ano em que jogámos a nível federado. Depois custou-me imenso porque não fiz nenhum jogo devido a uma fratura no perónio. E foi também quando conseguimos chegar à final da Taça de Promoção, onde acabámos por perder com o Estoril. A nível pessoal foi quando marquei 15 golos num só jogo. Há imensas memórias que me marcam.

Além de jogadora, que outra atividade tens?
Jogar futebol é dos melhores prazeres que tenho na vida, mas ainda é muito difícil viver disso em Portugal. Ainda bem que estamos a evoluir muito nesse sentido. Eu ambicionava ir mais longe na minha carreira futebolística, e já tive oportunidades para isso, mas na vida temos de estabelecer prioridades. De profissão, há sete anos que sou empregada de mesa na Rosa Cintilante Pastelarias, em Barcelos.

Tens algum ritual ou superstição antes dos jogos?
Todos os jogos ao entrar em campo beijo a tatuagem que tenho em homenagem à minha mãe que já partiu. Tento sempre pisar o relvado primeiro com o pé esquerdo, para enganar a sorte. Sempre focada no jogo e concentração máxima. Nada melhor que terminar o jogo com o sentimento de que dei tudo em campo.

Qual é o desporto de que mais gostas a seguir ao futebol?
O ténis é um desporto que me desperta um certo agrado. Gosto de ver hóquei e futsal.

Qual é o teu prato favorito?
Gosto de bacalhau, confecionado de todas as maneiras.

Filme favorito?
Anjos e Demónios.

Programa de TV ou série favorita?
The Lost.

Livro favorito?
Gosto de ler. Sou apreciadora dos livros de Nicholas Sparks. É difícil escolher apenas um.

Grupo ou cantor de eleição?
Gosto de ouvir música e gosto de todos os géneros musicais. Mas não tenho uma preferência. Se a música me ficar no ouvido eu vou gostar, independentemente de quem for o autor ou o intérprete.

Férias de sonho?
Pode ser em qualquer lugar, desde que esteja em boa companhia. Mas quero conhecer o mundo.

Cidade favorita?
Adorei conhecer Barcelona.

Hobby preferido?
Viajar e dormir.

Qual foi o dia mais feliz da tua vida?
Acredito sempre que ainda está para chegar um dia muito, muito feliz. Mas sem dúvida que o nascimento dos meus sobrinhos foram os momentos mais felizes.


Perfil
Nome completo: Cláudia Isabel Silva Brás (Bekas)
Data de nascimento: 28 de novembro de 1990
Posição: Avançada
Percurso como jogadora: CS Bonitos de Amorim (formação) e CS Bonitos de Amorim.