Um 'novo ciclo' para o Futebol português


Vários factos concorrem para que, de facto, se possa falar num novo ciclo para o futebol português.
Na verdade, a aprovação na generalidade da proposta de Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, as eleições na Liga Portuguesa de Futebol Profissional e o próximo acto eleitoral na Federação Portuguesa de Futebol legitimam essa afirmação.
No que concerne à Lei de Bases, a aprovação na especialidade, em muito curto prazo, e a sua entrada em vigor, implica a elaboração de vários diplomas regulamentares perspectivadores, de uma efectiva inovação.

Ora, um dos diplomas mais importantes será o que consagra o regime jurídico das federações desportivas o qual, ao que se espera, implicará a alteração da composição da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol, com inerente acréscimo de democraticidade.
Com efeito, o actual regime, cometendo às associações o direito a 55 por cento dos votos, tem funcionado como uma força de bloqueio, esvaziando a eficiência do órgão em apreço e a ineficácia da posição dos outros sócios ordinários por mais pertinentes, e são quase sempre, que sejam as suas propostas.
A este propósito refere-se a existência da alegada Comissão Executiva das Associações, sem qualquer suporte estatutário, que sistematicamente vicia e antecipa o sentido de voto, como aconteceu na última reunião efectuada no dia 28 de Outubro de 2006.

Portanto, mudanças inadiáveis, consubstanciadoras de um novo ciclo, se impõem.
Os efeitos dos actos eleitorais na LPFP e FPF, ainda que de indiscutível importância, são de diferente natureza.

O que neste âmbito se espera é que, a par da mudança de pessoas, haja uma efectiva mudança de mentalidades na forma de articulação institucional tendente à análise rigorosa dos problemas e sua adequada solução.
No que diz respeito à LPFP, tudo indica que os novos responsáveis pretendem encetar um novo ciclo. Quanto às eleições na FPF duas notas comportam a posição do SINDICATO:
A primeira prende-se, desde logo, com a própria escolha do candidato sendo legítimo exigir que seja um autêntico factor de mudança, através, por um lado, da apresentação de um programa reformista e moderno e, por outro, da indicação do elenco que o acompanha, à luz do critério da competência e não no da oportunidade.

A segunda referência, traduz uma justa e, por isso, legítima pretensão do SINDICATO e que é a de ver mais futebolistas integrarem os órgãos federativos.
Se assim for nas vertentes atrás aludidas, estamos certos de que o futebol português viverá um NOVO CICLO, objectivo, aliás, por todos desejado.

Amigo Jorge Costa

Jorge Costa anunciou o fim da sua carreira profissional. Por isso, é da mais elementar justiça deixar uma nota pessoal e institucional para com um profissional de referência. Nota escrita com sentimentos autênticos de amizade e gratidão. Permitam-me deixar expresso que o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol se honra de ter Jorge Costa entre os seus associados. Obrigado por seres nosso amigo.
Estamos certo que muito ainda darás ao futebol. Num abraço sentido, apenas duas palavras: Força, Jorge!
Até Já...

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