Acções...não (apenas) palavras


O tema nuclear da presente edição é a sinistralidade, abordado no discurso directo com as principais vítimas no ano transacto – Sandro, José António e Humberto Miranda. Infelizmente, já nem todos poderão falar. Isso não significa, porém, que não deixem de estar presentes. Lembramos, por isso, com saudade, o João Manuel, o Hugo Cunha, o Mauro Gama e os jovens jogadores do Inter da Boavista.

A epígrafe dada ao presente editorial ilustra a tónica da intervenção do SJPF na temática em apreço. Dir-se-á, sem receio de desmentido, que procurou efectivar a SOLIDARIEDADE. Mas uma solidariedade ACTIVA.

A importância da palavra, sobretudo quando esta traduz a linguagem dos sentimentos, nunca é, nem poderá ser, contestada. Tal importância não obsta, porém, antes impõe, que as palavras sejam acompanhadas ou complementadas por actos.

Infelizmente, o discurso verbal, às vezes eloquente, é notório no futebol, mas isso é insuficiente.
Na verdade, falar e agir devem ter uma relação de concomitância ou, no mínimo, de consequência. Ora, no futebol português impera o silêncio de muitos, a palavra, apenas a palavra, de outros e as acções de muito poucos.

O SJPF tem procurado adequar os actos às palavras.
Sabe, no entanto, e para isso tem constantemente apelado, que, em muitas matérias de capital importância para a melhoria do futebol, a eficácia pressupõe acções conjuntas.

Espera, por isso, que esse apelo ganhe valor acrescido com o testemunho dos entrevistados, o qual, com a coragem e determinação que encerra, não deixará de tocar até os mais insensíveis e, como tal, servirá de mola para a efectivação de uma verdadeira e efectiva solidariedade.

As duas últimas palavras vão para Sandro, José António e Humberto Miranda. A primeira de esperança na superação dos problemas com que se debatem. A segunda de compromisso por parte do SJPF de que continuará, com palavras e sobretudo acções, a prestar-lhes todo o apoio que lhe for possível.

Mais Opiniões.