A lei de Murphy


Hoje, não posso deixar de comentar as rescisões dos jogadores do Sporting e a situação que o clube vive. Lamento o que está a acontecer, em ano de Mundial e com todo o impacto negativo para a imagem do futebol português e das nossas competições.

Reitero, contudo, o que disse a semana passada a propósito deste assunto. Não foram os jogadores que causaram uma crise no Sporting, nem foram os jogadores que agiram de forma irresponsável ou precipitada, ao longo dos últimos meses.

Respeito muito a classe que represento e como tal agirei sempre em função das decisões livres e informadas que forem tomadas pelos atletas. Escolho o lado dos jogadores, desde a primeira hora, e manterei a postura que tive até aqui, de máxima reserva sobre o assunto, responsabilidade que o tema exige e apoio incondicional.

Na defesa dos jogadores, reitero que não estamos reféns das instituições, não temos de pedir licença, nem à Federação, nem à Liga, nem aos clubes. Era o que faltava! Sabemos qual a nossa função.

Se a lei de Murphy dita que "o que pode correr mal, acabará por correr mal", espero que todos os agentes desportivos, e em particular os dirigentes, possam tirar ilações do que correu mal nesta época desportiva (foram demasiadas coisas) e do clima que se arrasta época após época.

Felizmente, nem tudo são coisas más! A Seleção já está na Rússia e perspetiva-se uma grande campanha. Os jogos realizados revelaram talento, muito talento. Acredito na nossa equipa e na capacidade de liderança de Fernando Santos e Cristiano Ronaldo.

O jogo com a Espanha é decisivo. Apesar da amizade que me une ao atual presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, o meu 'irmão' Luis Rubiales, vamos vencer este duelo ibérico. Por Portugal!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (12 de junho de 2018)

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