Estágio dos jogadores: A pensar nos outros


No final de cada temporada, o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol constata a existência de um número preocupante de desempregados. É uma realidade incontornável, devido à cessação da relação laboral, à rescisão promovida pela entidade patronal ou tão-só porque não há mercado de trabalho.

A experiência grangeada pela estrutura representativa da classe neste domínio reporta--se à época de 2001/2002, altura em que se realizou o primeiro estágio destinado à ocupação de atletas que se veêm na contingência de não poderem desenvolver a sua actividade profissional.

No Verão passado, voltámos a promover esta iniciativa, que visa criar circunstâncias para que os jogadores nessas condições mantenham a forma física e o ritmo competitivo, além de estes poderem constituir uma opção válida para os vários clubes interessados no reforço dos seus plantéis.

A verdade é que as taxas de empregabilidade têm sido verdadeiramente satisfatórias. No primeiro estágio, os números rondaram os 70 por cento, enquanto na última iniciativa aproximou-se dos 90 por cento. Significativo, sem dúvida. E de capital importância, já que esta iniciativa reveste-se de um cariz social que não pode ser escamoteado de forma alguma.

Importa pensar naqueles que não têm clube para trabalhar e, por isso, o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol está empenhado fortemente na realização dos estágios para jogadores desempregados, propugnando que tenham um carácter permanente e não apenas com particular incidência na pré-época e no período reservado para as transferências.

O nosso esforço vai valer a pena, estamos certos. E os frutos não deixarão de aparecer.

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