Luís Figo
Foi o segundo Bola de Ouro português a seguir a Eusébio. Deu os primeiros toques n’Os Pastilhas, um clube de bairro na Cova da Piedade, no concelho de Almada.

Luís Filipe Madeira Caeiro Figo nasceu a 4 de novembro de 1972, em Lisboa. Despediu-se dos relvados em 2009 mas parece que foi ontem. Para trás ficou uma carreira ímpar com passagens marcantes por Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão.

Desde tenra idade que se viu que Figo tinha jeito para o futebol. Jogava n’Os Pastilhas e certo dia foi aos treinos de captação do Sporting. No velhinho Estádio José de Alvalade viram o potencial do miúdo e “agarraram-no”. Figo cumpriu todos os escalões de formação do Sporting e estreou-se na Primeira Divisão, pela mão de Raúl Águas, a 1 de abril de 1990, em Alvalade, frente ao Marítimo.

Membro da chamada Geração de Ouro ganhou protagonismo no clube e na Seleção Nacional. Bobby Robson e Carlos Queiroz lapidaram o diamante que tinham em mãos. Figo envergou a camisola verde e branca até 1995. Nesse período conquistou uma Taça de Portugal (vitória ante o Marítimo por 2-0). Saiu a “custo zero” depois de não ter conseguido entendimento para a renovação do contrato com o presidente Sousa Cintra. Com o passe na mão tornou-se um alvo dos colossos europeus. Assinou por Juventus e Parma e essa dupla assinatura impediu-o de jogar em Itália durante dois anos. Foi então contratado pelo Barcelona de Johan Cruyff. Figo não tremeu no clube catalão e apesar de todas as estrelas do plantel do Barça impôs-se como titular indiscutível. Tornou-se um símbolo do principal emblema da Catalunha e chegou inclusive a capitão de equipa. No Barcelona conquistou ligas, taças do Rei e supertaças espanholas e europeias, além da extinta Taça dos Vencedores das Taças.

Amado na Catalunha tornou-se arma eleitoral em Madrid. Florentino Pérez prometeu contratá-lo caso fosse eleito presidente do Real Madrid. E das palavras passou à ação. A 24 de julho de 2000, pagou a cláusula de rescisão do jogador ao Barcelona no valor de 60 milhões de euros (recorde mundial na altura) e trouxe-o para a capital espanhola. Em Barcelona, Figo passou de amado a odiado e alvo de todos os insultos.

Em Madrid reforçou o seu estatuto de jogador de nível mundial e em 2000 ganhou a Bola de Ouro da France Football e em 2001 a Bola de Ouro da FIFA. Nas cinco épocas em que representou a formação merengue venceu, entre outras conquistas, a liga espanhola, a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinental.

No final da temporada de 2004/05, rumou ao Inter de Milão. Quatro épocas depois de chegar a Itália pendurou as botas. Saiu em alta à semelhança do valor do seu futebol. Abandonou os relvados como tetracampeão de Itália e com José Mourinho como o seu último treinador. Desde então trabalha como diretor de relações externas do Inter de Milão.

 

Ícone da Seleção.

Habituado desde cedo às andanças das seleções nacionais, Figo pertenceu à chamada Geração de Ouro, sagrando-se campeão mundial de sub-20 em 1991, em Lisboa. Nesse mesmo ano estreou-se na Seleção A frente ao Luxemburgo (1-1). Foi o início de uma caminhada que o transformou no futebolista que mais vezes envergou a camisola das quinas (127 internacionalizações, 32 golos). Representou Portugal nas fases finais dos europeus de 1996, 2000, 2004 e 2008 e nos mundiais de 2002 e 2006.

Anunciou a retirada da Seleção no final do Euro 2004 mas voltou atrás e representou ainda Portugal no Mundial de 2006, na Alemanha. Então terminou sim a sua carreira com a camisola de Portugal.

Atualmente desempenha o cargo de embaixador da Seleção Nacional. A nível social criou uma fundação com o seu nome que com as suas ações procura ajudar jovens desfavorecidos.
Mais Glórias