O presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, e João Oliveira, advogado responsável pelo gabinete jurídico, reuniram esta quarta-feira com o plantel do Sport Clube Freamunde.

Em causa, os salários em atraso da época 2016/2017, aquando da presença do clube na Ledman LigaPro, e da presente época, 2017/2018, no Campeonato de Portugal.

“Há jogadores que deixaram de receber em março e só receberam um mês esta época. Apesar das promessas do presidente do clube, a situação tem vindo a agravar-se e os investidores ainda não estão garantidos”, afirmou Joaquim Evangelista no final da reunião com o plantel do Freamunde.

“Além de esclarecermos os jogadores individualmente e definirmos os termos do apoio financeiro, foi tomada uma posição conjunta. O plantel exige até 15 de dezembro o pagamento de dois meses, sob pena de não comparecer aos jogos seguintes”, revelou o presidente do Sindicato.

Joaquim Evangelista apoia os jogadores do Freamunde nesta tomada de posição, alertando para a complexidade do problema: “Esta situação é inaceitável. O direito ao salário é intocável, não basta acionar o Fundo de Garantia Salarial para resolver os problemas. A situação é complexa, temos jogadores com contrato profissional que transitaram da época passada, outros contratados esta época e, ainda, jogadores inscritos como amadores que não recebem mensalmente o que foi acordado, nem conseguem, unilateralmente, desvincular-se.”

O presidente do Sindicato aconselha os jogadores que vivem situações semelhantes a denunciarem os seus problemas: “Já falamos com a Liga e com a Federação. Estamos em sintonia e atentos aos casos mais difíceis. É prioritário antecipar estes problemas e os jogadores têm de os denunciar imediatamente.”