Portugal regressou ao país onde já foi feliz


Maria João Xavier analisa o empate entre a Seleção feminina e a Roménia.

Depois da derrota obtida contra a Itália na passada sexta-feira, dia 8 de junho, e que ditou o afastamento da Seleção Nacional feminina da fase final do Campeonato do Mundo de 2019, em França, o jogo realizado na Roménia teria pouco interesse competitivo uma vez que nada estava em jogo. Ou quase nada.

Na verdade Portugal regressava ao país onde já tinha sido muito feliz e tinha carimbado o seu passaporte para o EURO 2017, disputado na Holanda, estando presente, desta forma, na sua primeira fase final de uma competição sénior.

Francisco Neto procedeu a algumas alterações comparativamente com o jogo contra a Itália e pode-se dizer que Portugal entrou bem no jogo, tendo-lhe pertencido a primeira aproximação com perigo à área da seleção romena.

O jogo estava muito disputado, com ascendente claro da Seleção Nacional (em termos de qualidade das suas jogadoras deixa a seleção romena a grande distância) mas sem causar grandes calafrios na defesa contrária.

O decorrer do jogo dava indicação que o resultado sofreria alteração apenas em rasgos individuais (notou-se o cansaço acumulado em algumas das jogadoras nacionais, fruto de uma época longa e com pouco tempo de recuperação entre a participação no EURO 2017 e o mini torneio para a UWCL, onde evoluíram as jogadoras do Sporting CP).

O golo da seleção romena (um grande golo diga-se de passagem) resulta de um momento de inspiração de uma sua jogadora no jogo de estreia nestas andanças. Que pontapé fenomenal. A Inês Pereira pouco ou nada podia fazer.

Portugal nunca se deu por vencido e foi atrás do empate, algo que surgiu por parte da Andreia Norton, que repetiu a façanha de marcar novamente na Roménia. País talismã para ela com toda a certeza.

Até ao final do jogo foram poucas as oportunidades de golo com exceção dos últimos minutos de compensação, onde a seleção da Roménia assustou a bem assustar o último reduto da seleção portuguesa e aí sobressaiu a qualidade inata e inegável da Inês Pereira, que se opôs a toda e qualquer tentativa de assalto à sua baliza. Portugal pode orgulhar-se de ter, novamente, um conjunto de guarda-redes de excelência a trancar a baliza.

Esta fase de qualificação só terá o seu epílogo já na próxima época e mesmo não estando nada em disputa, acredito que Portugal terá oportunidade de mostrar o seu crescimento sustentado e irá garantidamente querer assegurar os 3 pontos em todos os jogos que faltam.

Texto: Maria João Xavier.

Foto: FPF.

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