Sindicato apoia Tozan Anicet


Mais um jogador forçado a regressar ao seu país.

A história do defesa costa-marfinense Tozan Anicet, de 23 anos, é uma história de desespero.

Dispensado do Fátima, sem apoio do Mafra, o seu clube anterior, com a Guarda Nacional Republicana e a Segurança Social envolvidas, a situação de Tozan é uma narrativa que infelizmente se repete.

Tozan Anicet, jogava no Futebol Clube de Derby, em Cabo Verde, quando teve um convite, intermediado pelo agente João José, para treinar no Rio Ave. Prestou provas e não ficou.

Daqui resultou o contacto com Quim Zé, o director desportivo do Mafra, que após a prestação de provas lhe garantiu uma época desportiva no clube, situação que acabou por acontecer.

Infelizmente, Tozan contraiu uma lesão que não teve oportunidade de debelar. Regressou à Costa do Marfim no final da época 2013/2014.

Entretanto, regressa a Portugal para legalizar, formalmente, a sua situação junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Fica em casa de um amigo, futebolista, e durante esse período têm um contacto de um empresário, que lhe aconselha o CD Fátima. O Fátima mostra-se interessado mas  face à pretensão do jogador, superior à proposta do clube, acaba por lhe oferecer um montante em dinheiro e garantir a sua regularização no país, o que tenta, sem sucesso, aquando da deslocação do clube a Matosinhos.

Depois de mais de três meses a treinar no clube e perante este cenário, comunicam-lhe que não contam mais com ele e que tem de abandonar as instalações do clube. Solicitam a emissão do bilhete de avião e transportam-no de Fátima ao aeroporto, deixando-o lá.

O jogador, desesperado, perante a situação de regressar ao seu país sem dinheiro, não embarca e dirige-se ao Mafra. Pede ajuda ao presidente e ao director desportivo para ser recuperado e lhe darem estadia, que foi recusada.

Nestas circunstâncias, sozinho, sem ninguém a quem recorrer, recorda-se de que quando passou pelo clube, existia no centro de Mafra um edifício afecto ao clube. À revelia dos responsáveis e sem ninguém saber, entra no edifício onde pernoita.

No dia seguinte, 9 de Fevereiro de 2015, identificado e recusando-se a abandonar o local, é levado pela GNR de Mafra para a esquadra. A GNR procura apoio e, entre os contactos que efectuou, liga para o Sindicato.

Confrontado com este episódio, o SJPF inteira-se da história e procura uma solução. Em conjunto com a GNR garantem a disponibilidade da Segurança Social da Idanha, e no dia seguinte o delegado do Sindicato, João Oliveira Pinto, traz o jogador às instalações do SJPF.

Já no Sindicato, é garantido ao jogador o bilhete de volta e Tozan Anicet regressa ao seu país.

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