TAS condena polacos do Slask Wroclaw


Em causa tratamento "aterrador" ao albanês Sebino Plaku, que recusara uma redução no vencimento.

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) deu razão ao futebolista albanês Sebino Plaku no seu conflito com os polacos do Slask Wroclaw, considerando que o jogador foi vítima de um tratamento "aterrador" por parte do clube entre Setembro de 2014 e Janeiro de 2015 depois de se ter recusado a aceitar uma redução no seu salário.

O TAS deu assim provimento à queixa apresentada por Plaku, considerando que o mesmo tinha razão para rescindir com justa causa e condenando o Slask Wroclaw a pagar mais de 4.600 euros ao jogador pelas despesas que este teve com o processo. A Federação Polaca deverá ainda decidir a compensação financeira que o clube tem de pagar ao atleta.

Depois de recusar a proposta do Slask Wroclaw, o avançado albanês foi despromovido à segunda equipa antes de passar a treinar sozinho três vezes por dia, passando a receber o ordenado incompleto e tendo de se apresentar mesmo quando os colegas estavam de férias durante a pausa de Inverno, incluindo no dia de Natal. Entre Janeiro e Março, ainda foi multado em cerca de 20.000 euros.

"O bullying e a perseguição aos jogadores têm de acabar no futebol. Admiro a perseverança do Sebino Plaku mas infelizmente há muitos casos iguais no futebol polaco que nunca chegam a tribunal, devido ao impacto do tratamento recebido pelos jogadores", assinalou Dejan Stefanovic, membro da direcção da FIFPro (sindicato mundial de jogadores).

O organismo é da opinião de que os futebolistas merecem mais protecção e que os clubes que sejam considerados culpados deviam sofrer consequências mais sérias, em vez de castigos financeiros sem qualquer impacto.

Entretanto, Plaku, de 31 anos, joga actualmente no Skenderbeu, do seu país natal.

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