“Jogar com e contra os melhores faz a diferença”


Depois de ter conquistado o Campeonato da Europa de Sub-17 em 2016, venceu o Euro Sub-19 em 2018.

Esta seleção venceu o Europeu de sub-19 depois de ter vencido o Europeu de sub-17 há dois anos. Estamos perante uma nova geração de ouro?
Nos últimos anos todas as gerações têm sido muito competentes na procura de conseguirmos estar nas fases finais das melhores competições. Tem sido conseguido, em particular nos sub-19, com muita regularidade, falhámos uma em cinco ou seis nos últimos anos, e isso demonstra a capacidade de todas as gerações. Esta em particular tem conseguido ser mais competente e conseguiu agora este feito, que é único e será inesquecível para o futebol português e para cada um de nós. E tem jogadores com muita qualidade. Esta geração, apesar de todos os condicionamentos, conseguiu estar neste Europeu novamente a um nível elevadíssimo. Praticamente todas as gerações até agora têm feito chegar um ou dois jogadores à seleção A desde que este processo começou com esta estrutura técnica, na altura com a coordenação do professor Ilídio Vale, agora já com o Joaquim Milheiro, e desde a seleção que esteve no Mundial de 2011 na Colômbia que têm chegado jogadores lá acima. Estes títulos acabam por certificar a formação em Portugal, não só da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mas também todo o investimento que os clubes têm feito nos últimos anos para darem as melhores condições aos nossos jovens jogadores, com mais academias, campos de treino, e cada vez uma maior certificação dos treinadores. Tudo isso tem potenciado que haja jogadores mais capacitados e temos conseguido potenciá-los aos estarmos nas competições mais importantes destas idades. Agora daí a qualificá-la de geração de ouro… Já houve uma, que foi importantíssima, quando conquistámos títulos no passado, eu estava inserido numa dessas. Nesse sentido, pelo que já conquistaram, é possível. Independentemente da forma como a possam designar, acho que têm sido jogadores que têm mostrado um excelente compromisso, qualidade e competência nos momentos decisivos. Este ano, mesmo com essa “pressão” de já termos sido campeões e de termos de voltar a ser, apesar de ser muito difícil, por isso nunca ninguém o tinha feito, conseguimos conviver com as diversas designações que foram atribuídas e com a atribuição do favoritismo na maioria dos jogos. Também foi uma excelente conquista nesse aspeto.

A propósito de favoritismo, esta seleção é favorita a vencer o Mundial de Sub-20?
Não. Pensamos que temos condições para lutar por esse título, mas vai depender de muitas coisas, das condicionantes que vamos ter até lá, mas seremos com certeza candidatos a vencer o próximo jogo. É dessa forma que temos enfrentado todas as competições, todos os apuramentos, todos os jogos particulares, e vamos fazer isso ao longo desta época. Neste momento temos sete jogos de preparação definidos até ao Mundial, onde vamos ter o objetivo de melhorar, de cada vez estarmos mais fortes e de os vencer. E assim sermos candidatos a vencer o próximo jogo do Mundial. Não sabemos com quem será, temos de esperar pelo sorteio, mas queremos estar muito fortes para vencermos esse jogo. E só jogo a jogo poderemos ir à procura do objetivo final.

Há jogadores nesta Seleção que poderão chegar ao topo do futebol mundial, num futuro a médio prazo, seguindo, por exemplo, as pisadas de Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva?
É cedo para fazer esse tipo de análise, mas têm demonstrado condições, como esses dois jogadores em particular e muitos outros que também estiveram nas melhores equipas da Europa e do Mundo. Certamente que outros virão com a possibilidade de estar nesses espaços. Dependerá da oportunidade, e de como eles corresponderem às oportunidades que lhes forem propostas, mas alguns jogadores estão a ter uma experiência máxima para o seu momento. Temos os casos do Gedson e do Diogo Leite, que estão a ter muitos minutos em equipas de topo em Portugal e têm correspondido bem de modo a ser sempre considerados opção para os jogos seguintes, e outros que quando tiverem oportunidade de aparecer têm de mostrar presença para no mínimo os treinadores voltarem a pensar neles para uma segunda possibilidade. Em Portugal só houve três jogadores que foram considerados os melhores do Mundo: o Eusébio, o Figo e o Ronaldo. Vão aparecer mais para pelo menos lutarem para ser considerados dos melhores. Poderão ser destes, como de uma geração que virá a seguir. Dependerá de muita coisa, mas esta geração tem demonstrado capacidade para vencer os desafios e poder ir à procura dos seus sonhos e tentar conquistá-los.

João Filipe e Francisco Trincão foram os melhores marcadores do Europeu e realizaram excelentes exibições. São jogadores com capacidade para chegar ao topo do futebol mundial?
São, juntamente com toda esta geração, porque a capacidade de afirmação em cada grupo e em cada equipa vai aparecer determinados momentos. Há outros jogadores que podem não ter tido tanto protagonismo agora, mas podem aparecer noutro contexto. Neste momento temos jogadores inseridos nos sub-23, na Liga Revelação, na Primeira e na Segunda Liga, e a jogar regularmente neste início de época, outros nem tanto, e tudo isto vai potenciar mais ou menos a afirmação dos jogadores. Mas esses foram dois jogadores importantíssimos, fizeram dez golos, fomos a equipa mais concretizadora do Europeu. Sabemos que são jogadores que a qualquer momento podem marcar, como os nossos médios, que têm boa meia distância e conseguem fazer golos com regularidade.

O futuro da Seleção A está garantido com esta geração?
Não só com esta, com as diversas. Este ano procurámos e demos oportunidade a muitos jogadores, fizemos um estágio com 52 jogadores, alguns vieram de clubes de fora, procurámos jogadores em alguns países onde temos muitos emigrantes e essa procura tem sido cada vez mais consistente porque pode ser um espaço enorme de recrutamento. Foi possível continuar com uma equipa muito competitiva e muito competente e, se calhar esta geração, comparando com outras, tem mais quantidade e melhor qualidade. Poderá ser mais provável termos aqui jogadores que cheguem ao primeiro patamar, mas vai ser complicado porque vão obrigar a quem está lá neste espaço a não poderem relaxar. Estão lá muitos jogadores que são jovens, ainda podem ter um percurso de mais alguns anos na seleção A e, no mínimo, vai elevar a competitividade para ter um lugar nesse espaço. O que é melhor para todos nós.

Convocar 20 jogadores para uma fase final e deixar alguns de fora é um papel muito ingrato?
Não é que seja ingrato, é bom termos as chamadas boas dores de cabeça, ter quantidade e qualidade. Mas é sempre difícil porque todos eles, nestas idades, têm expetativas enormes e um querer enorme de estarem nos melhores espaços. Sabem que os podem potenciar e torná-los mais fortes e mais preparados para o amanhã. Nós tentamos apresentar o melhor grupo possível para enfrentar as diversas competições, onde há esse limite. Também é o dia-a-dia nos clubes, onde 11 começam, mais sete vão para o banco e ainda ficam oito ou nove de fora. É um bocadinho o mesmo processo, mas, claro, num processo destes há sempre uma desilusão, que é natural, que temos de saber ultrapassar e estar preparados para o momento seguinte.

Gostaria de ter contado com jogadores como João Félix, Gedson Fernandes, Rafael Leão ou Diogo Leite neste Europeu ou compreende a decisão dos clubes de não cederem jogadores à Seleção Nacional em fases finais, num período de pré-época?
Foram as condicionantes que tivemos. O importante é que no Europeu representámos uma geração, a qualidade da formação em Portugal e do nosso futebol, uma identidade de jogo, um modo de ser e de estar nos diversos espaços, não só no competitivo mas também nos hotéis e em todos os locais por onde passámos, e essa representação foi importante para o futebol português. O Gedson e o Diogo Leite estão agora a fazer isso ao nível nacional e internacional nos seus clubes, representando também a formação portuguesa, dos próprios clubes e a qualidade dos jovens jogadores portugueses. Queríamos tê-los todos connosco, não foi possível por diversas razões, mas levámos os melhores para aquele momento.

Garantir a presença no Mundial era mesmo o principal objetivo ou era apenas o discurso para o exterior para pôr água na fervura, tendo em conta as várias ausências com que teve de lidar?
O principal objetivo era estar na fase seguinte da competição porque, ao fazê-lo, atingíamos esse desiderato de estarmos no Mundial. Era o que queríamos garantir o mais cedo possível porque é a quinta presença consecutiva de Portugal num Mundial de sub-20. Nenhum país da Europa o tinha conseguido e era importantíssimo para nós. Depois o foco era vencermos cada um dos jogos, para atingirmos a terceira final de sub-19. Tínhamos estado em 2014, em 2017 e agora, em 2018, conseguimos esse objetivo de a vencer. Já tínhamos sido campeões de sub-18 no ano passado, em sub-19 nunca o tínhamos conseguido.

Nos festejos da conquista do Europeu, os jogadores protagonizaram momentos muito animados nos relvados, com alguns a dançarem em conjunto. Esse ambiente positivo entre os jogadores foi determinante para esta conquista?
Sem dúvida. Todos os aspetos são importantíssimos. É a parte estratégica do jogo, a identidade de jogo, mas também o ambiente do nosso grupo. Uma parte destes jogadores já estão há alguns anos inseridos no grupo, têm recebido outros novos e estão muito unidos e fortes. Isso potencia a estar mais perto e em melhores condições de vencer.

O facto de 11 destes 20 jogadores terem competido pelas equipas B antes deste Europeu, num nível sénior, ajudou a este ótimo desempenho?
Claro que ajuda. O facto de diversos jogadores mais jovens poderem mostrar a sua competência ao estarem inseridos em espaços superiores, mais competitivos e mais exigentes, vai ajudá-los a crescer e dar-lhes outros utensílios. Vai exigir mais deles e têm de demonstrar que são capazes de corresponder a esses desafios de maior exigência. Isso torna-os certamente melhores jogadores, com uma experiência mais adquirida e assim começámos a igualar o que os outros países de top da Europa tinham.

E a Liga Revelação? É uma prova que vai ajudar a detetar novos talentos para as seleções nacionais e que beneficiará o futebol português?
A intenção é essa. É uma competição nova cujo objetivo é encontrar mais um espaço competitivo que queremos que seja ótimo, no qual os jogadores possam ter mais uma possibilidade de poderem competir, continuar a desenvolver as suas capacidades individuais em cada um dos seus clubes e de estarem mais capazes de conquistarem os seus sonhos de serem jogadores profissionais de futebol.

O Sindicato dos Jogadores tem divulgado estudos relativamente à utilização dos portugueses. São importantes para alertar para a necessidade de apostar no jogador nacional?
Acho que sim, tem sido sempre. Essa chamada geração de ouro na altura, há cerca de 30 anos, veio abrir muitas portas e “obrigar” a um maior investimento dos clubes na sua formação. Entretanto, nos anos seguintes, com as alterações que se deram no futebol mundial, os nossos jogadores começaram a sair para os melhores clubes do estrangeiro e essa aposta foi quase como uma obrigação para os clubes. Começaram a olhar de outra forma para a qualidade dos jogadores que eles próprios formavam. Estes últimos anos têm demonstrado que o jogador português continua a ter uma qualidade enorme e estamos a ter novamente jogadores portugueses nos melhores clubes da Europa e do Mundo, a afirmarem-se e a mostrar que são jogadores que se adaptam e que conseguem ser competitivos em qualquer espaço. O investimento na formação tem sido enorme certamente com o objetivo de investir no jogador português e as portas têm de se abrir cada vez mais. O critério mais importante tem de ser a competência e os nossos jogadores têm-na demonstrado com muita regularidade. No último ano tivemos muitos guarda-redes portugueses a jogar na Primeira e na Segunda Liga, o que se calhar contraria os anos anteriores, mas este ano, pelas contratações que foram feitas, parece me que a aposta voltou a ser em guarda-redes não-portugueses. No ano passado, nessa posição específica, demonstrámos muita capacidade e acho que devia ser uma aposta para manter.

A chegada de estrangeiros com prestígio à nossa Liga é benéfica para o crescimento do jogador nacional?
Foi no passado e continuará a ser. Os jogadores de qualidade trazem sempre mais-valias. É bom que os nossos jogadores possam jogar com e contra os melhores. Isso só vai ajudá-los a que se superem e se tornem mais fortes e mais capazes. A qualidade e a competência devem ser sempre o primeiro fator e não ter a ver com nacionalidade ou outros critérios. Temos formado com qualidade, os clubes têm feito um investimento enorme. Eles estão aí, é uma questão de dar-lhes uma oportunidade.

A construção da Cidade do Futebol foi determinante para Portugal começar a conquistar títulos?
Foi muito importante termos uma casa própria, com condições de excelência. É também a possibilidade de trabalharmos todos juntos no mesmo espaço e haver maior interação entre todos, o que potencia todo o trabalho. Foi uma enorme mais-valia.

Sente que há uma aposta forte por parte da FPF em si e na sua equipa técnica?
A Federação tem feito uma aposta forte em dar as melhores condições ao futebol português. Temos uma estrutura que trabalha dos sub-15 aos sub-20, coordenada pelo Joaquim Milheiro, que também é treinador dos sub-15, e todos nós trabalhamos com todos. Vou ser o treinador no Mundial de sub-20, mas noutros momentos, em que a equipa não esteja em competição, vou estar a trabalhar com o treinador dos sub-17, que é o Emílio Peixe, com o treinador dos sub-18, que é o Rui Bento. Como treinador dos sub-19 também vou para estágios com as diversas seleções nacionais onde serei um treinador assistente nesses espaços. Tal como quando a seleção dos sub-20 me estiver atribuída serão eles a ajudar-me a orientar a equipa. O investimento nesta estrutura tem sido forte e sentimos todo o apoio da Federação.

Depois de tantos anos na Seleção, não sente o apelo de voltar a treinar um clube?
O apelo que sinto é de continuar a treinar. Também não sou treinador de formação, sou treinador de futebol. Sou treinador da Federação, posso voltar a ser treinador de clube. Nunca tenho projetado as coisas a longo prazo, sempre a curto prazo, dia-a-dia, os nossos contratos também são de ano a ano por isso nunca houve uma projeção a longo termo. O objetivo era apurarmo-nos para o Mundial de sub-20, o que aconteceu, agora o futuro irá apresentar-nos novos desafios, mas não é uma coisa que me preocupe e tire o sono.

Como é a sua rotina? Vê jogos todos os dias?
Fora das datas FIFA e das competições temos o trabalho de observar jogos, particularmente aos sábados e domingos, quando se realizam a maior parte das jornadas, dos sub-15, sub-17, sub-19, Liga Revelação, Segunda Liga e Primeira Liga, onde temos jogadores. Somos nove treinadores e efetuamos observações constantes nos diversos campeonatos. Fazemos esse acompanhamento e preparamos os nossos estágios, ver coisas que já fizemos, os próximos adversários….

O 4-3-3 é o sistema tático que mais se adequa às características dos jogadores portugueses?
É o que temos desenvolvido ao longo de muitos anos em Portugal e temos criadas diversas dinâmicas no nosso modo de jogar, que nos dá uma intensidade de jogo muito forte partindo dessa estrutura que não é fixa. Tem muito a ver com as dinâmicas. Todas as nossas equipas são diferentes, porque têm jogadores diferentes que lhe dão uma vida própria, por assim dizer. Mas quem vir os nossos jogos consegue detetar características únicas, que são detetáveis em qualquer uma das nossas seleções. Posso dar o exemplo do Renato Sanches: na formação do seu clube e connosco trabalhou quase sempre em 4-3-3 e depois conseguiu entrar na equipa do Benfica, que nesse ano jogava em 4-4-2, com muita competência e foi enriquecedor para o jogador, que o tornou numa referência importante no futebol português. O importante é que os jogadores, mesmo partindo de uma estrutura diferente, estejam preparados para ser inseridos noutras.

Enquanto jogador era aguerrido e vivia intensamente o jogo, tendo sido capitão de equipa. Mantém essa postura como treinador?
Sim, acho que quem está de fora poderá dizer melhor, mas faz parte do meu ADN. Não perdi essas características, embora agora noutras funções. São coisas que valorizava num jogador, que valorizo e que acho importantes para que os jogadores estejam mais perto de conseguir os seus objetivos. O querer vencer e ser melhor é muito importante. Eram coisas que tinha e continuo a achar que são importantíssimas.

Foi também campeão do Mundo de sub-20, em 1989. Ganhar é sempre bom, mas sentiu mais prazer na conquista desse título ou nestes enquanto treinador?
São diferentes. Este é mais recente, está tudo mais fresco, mas foram vividos de igual modo, com uma alegria enorme, um sentimento de união e de que conseguimos algo muito importante em qualquer um dos momentos. Fomos vivendo e conquistando jogo a jogo à procura de um feito inédito e conseguimos, se calhar quando muita gente não esperava na altura. Agora as expetativas talvez fossem maiores, o que leva a pressões diferentes, mas foram vividos de igual modo.

O Sindicato tem alertado os jogadores para a necessidade de se qualificarem e de prepararem o seu futuro, terminarem pelo menos o 12.º ano. É um apelo importante?
É importantíssimo e cada vez há melhores condições para o fazerem. No passado não havia e eu também quero ser um exemplo nessa situação e vou passando essa mensagem a todos os jogadores que passam no nosso espaço. Ao chegarem aqui podem pensar que as coisas estão mais perto de acontecer, que por estarem numa seleção será mais fácil serem jogadores profissionais, mas uma coisa não leva a outra, não é garantido que assim seja. Tive colegas que foram campeões do Mundo comigo e isso não foi suficiente para que conseguissem fazer do futebol uma profissão. E eu também tive essa noção. Passávamos mais tempo nas seleções nacionais do que passam agora os nossos jogadores e na altura as escolas não estavam preparadas para os atletas de alta competição. Não foi possível conciliar, mas mais tarde, com 27 anos, tinha ficado com duas cadeiras do 10.º ano e voltei a estudar enquanto profissional de futebol. Já era capitão do Vitória de Setúbal e terminei o 12.º ano a estudar à noite. Depois, já perto do fim da minha carreira, tive a oportunidade de fazer uma licenciatura de Desporto que acabei já como treinador. Cada vez mais é possível conciliar as duas situações e os jogadores devem, no mínimo, terminar o 12.º ano. Quando terminarem a carreira, perto de 99% dos jogadores tem de trabalhar noutra profissão. Dentro do futebol ou não, mas têm de estar preparados. Isso passa muito por esta carreira dual que o Sindicato, Federação e outras instituições têm divulgado. E nós, na formação, temos tido sempre essa preocupação. Até aos sub-17, em estágios de maior duração, temos oportunidade de acompanhar os jogadores ao nível escolar, temos um coordenador que faz a ligação com as escolas de forma a que eles não percam a sua vida académica. Muitos dos jogadores que ficam connosco até aos sub-20 têm conseguido realizar esse caminho de terminar o 12.º ano e já uma percentagem significativa entrou nas faculdades.

Qual é a sua opinião sobre o trabalho do Sindicato dos Jogadores no futebol português?
Acho que tem sido sempre evolutivo, desde o meu tempo de jogador. É mais consistente, tem chegado a todos os clubes e cada vez tem sido mais útil aos jogadores na ajuda dos problemas que enfrentam, nas suas relações laborais. Tem sido um parceiro importantíssimo no desenvolvimento do futebol português.

Fotos:
FPF.