Qual foi a pessoa que mais influenciou a tua carreira?
Sem dúvida que foram os meus pais. Não foram eles que me incutiram o gosto pelo futebol porque sempre andei com bolas atrás e a querer jogar futebol, mas foram eles que sempre me apoiaram e deram todas as condições para que pudesse realizar o meu sonho e jogasse futebol o mais confortável possível.

Quem é o teu melhor amigo no futebol?
Tenho muitos. Felizmente, nas equipas por onde passei, fiquei sempre com grandes amigos. O meu melhor amigo no futebol é o João Cancelo. Passámos muitas coisas juntos, jogámos muitos anos juntos na formação do Benfica e ainda hoje mantemos uma relação muito boa. Estamos sempre a torcer um pelo outro.

Ídolo?
É um bocado difícil de dizer porque foi mudando com o tempo. Quando comecei a jogar futebol jogava mais à frente, então gostava muito de ver jogar jogadores mais tecnicistas como Zidane, Figo ou Rui Costa. À medida que o tempo foi passando e comecei a jogar como defesa central comecei a idolatrar os que jogavam na minha posição. Neste momento é o Bruno Alves. É uma pessoa que já admirava e, depois de ter trabalhado com ele, ver o profissional que é e ter o privilégio de jogar com ele, sem dúvida que hoje é uma das minhas maiores referências.

Memória mais marcante no futebol?
Foi a transição para o futebol profissional e ter chegado à Primeira Liga. Foi pelo Paços de Ferreira: não comecei a titular, tinha chegado há pouco tempo, e foi num jogo no Dragão. Tive a sorte de o míster Paulo Fonseca me ter posto nos 15/20 minutos finais e foi o momento mais marcante da minha ainda curta carreira como profissional. Era algo que só via na televisão. Estava perto de jogadores que admirava, o estádio estava cheio e foi o concretizar de um sonho.

Se não fosses jogador, o que serias?
O meu tio é advogado e sempre foi uma área para a qual achava que, se tivesse investido mais tempo nisso e se não tivesse o futebol, poderia ter algum jeito. Sempre tive fascínio por Direito, pelas leis, por estar em tribunal e argumentar…. Acho que era por aí.

Tens algum ritual ou superstição antes dos jogos?
Tenho. Em todos os jogos, seja em casa ou fora, costumo ir ao campo sozinho, preferencialmente nas zonas que sei onde vou estar mais, que é na defesa, do lado onde vou jogar, e ligo sempre à minha mãe, ao meu pai e à minha namorada. Depois entro e equipo-me, sem falar com mais ninguém. Só perto do jogo é que tiro a música e começo a falar com os que vão jogar comigo.

Qual é o desporto de que mais gostas a seguir ao futebol?
Gosto de ver tudo um pouco. Nos últimos anos tenho acompanhado mais desportos de luta, gosto de ver o UFC, há dias vi o Grande Prémio de Fórmula 1…. Gosto de tudo.

Qual é o teu prato favorito?
É muito simples: adoro panados de frango com arroz. Também não posso comer muitas vezes porque é frito, mas se pudesse escolher um prato seria esse.

Filme favorito?
Gosto de muitos. Dos mais recentes, gosto do Notebook, do Venom e dos filmes do John Wick.

Programa de TV ou série favorita?
A Guerra dos Tronos. Agora vou ter de começar a ver tudo de novo porque vai estrear a nova temporada já em abril. Está na altura de relembrar um bocado. [risos]

Livro favorito?
Gosto bastante de ler, mas não tenho um livro favorito. Um dos que mais gostei, e já o li há bastante tempo, foi o meu pai que me deu, chama-se “O Que Podemos Aprender Com os Gansos”. São pequenos contos de gestão empresarial que se aplicam à vida.

Grupo ou cantor de eleição?
Não tenho. Em termos de música gosto um bocadinho de tudo. Ainda há dias estive num hotel com a minha namorada e ficámos lá horas a ouvir uma noite de fado. Gosto de boa música. Depende também do estado de espírito. Antes dos jogos gosto de música mais mexida, mas gosto mesmo de tudo. Não tenho alguém que possa dizer que é o preferido.

Férias de sonho?
Gostava muito de ir às Maldivas. Ainda não vai ser este ano, quero ficar um bocadinho mais perto, mas gostava muito de lá ir.

Cidade favorita?
Glasgow. Era Lisboa, mas Glasgow surpreendeu-me muito mesmo. Gostei muito de lá estar, da qualidade de vida, das pessoas, de tudo. O frio é chato, mas têm muito boas condições nas ruas e as casas são mais quentes que as nossas. É uma cidade grande, acho que não é tão grande como Lisboa, e as pessoas são espetaculares. Gostei muito.

Hobby preferido?
Neste momento é jogar bowling. Tenho aqui perto de casa e tenho lá passado algumas horas. Gosto de passear, de apanhar sol sempre que dá, de ir a uma esplanada com amigos e, se estiver sol, ficar lá uma tarde inteira. Gosto de coisas simples e de estar descansado.

Qual foi o dia mais feliz da tua vida?
Essa não é fácil. Vou dizer um dia mais recente. Depois de ter começado bem na Escócia, mas depois, com tudo o que se passou, de ter fraturado o nariz e ter estado tanto tempo parado, acho que o dia mais feliz foi aqui nos Açores, quando fiz o golo ao SC Braga. Voltei a jogar, a sentir-me bem, confiante, e as coisas começaram a correr-me bem. Foi um dos dias mais felizes.


Perfil
Nome: Fábio Rafael Rodrigues Cardoso
Data de nascimento: 19 de abril de 1994
Posição: Defesa
Percurso como jogador: Recreio de Águeda (formação), Benfica (formação), Benfica B, Paços de Ferreira, Vitória de Setúbal, Glasgow Rangers (Escócia) e Santa Clara.