“Qualquer miúdo sonha em jogar numa seleção”
Famana Quizera tem-se distinguido esta temporada ao serviço do Académico de Viseu.
Quando e onde é que começou o futebol para ti?
Para mim o futebol começou na Guiné, quando era miúdo, com 5 ou 6 anos. É a partir dessa idade que as crianças em África costumam começar a jogar na rua, nos bairros e comigo não foi diferente, foi aí que comecei. Depois vim para a Europa e tudo começou a sério.
Começar a jogar na rua é importante para o desenvolvimento do jogador, em termos da magia e criatividade?
Sim, sem dúvida. Todos os jogadores deviam experimentar jogar não só nos clubes, mas nos bairros, porque aprendemos muito. Podemos pegar em muitas coisas que aprendemos no bairro e transpô-las para o campo.
Foste muito novo para a Alemanha. Como foi a experiência e a adaptação?
Para mim não foi muito difícil porque saí de África muito cedo e vim para a Europa. Sempre vivi longe de casa e, quando surgiu a oportunidade de ir para a Alemanha, a adaptação não foi difícil. Tive de aprender a língua, adaptar-me às pessoas, mas já estava habituado.
Hoje repetias a experiência?
Acho que sim, porque tudo o que aconteceu na minha vida foi bom e reflexo disso são as cosias positivas que têm acontecido.
“SEMPRE LUTEI E IREI SEMPRE LUTAR PARA ESTAR COM OS MELHORES.”
Como reflexo do bom trabalho que tens feito, já foste chamado às seleções jovens portuguesas. Sempre foi uma ambição tua?
Com certeza. Quando somos jovens, e eu não fujo à regra, qualquer miúdo sonha em jogar numa Seleção. Sempre lutei e irei sempre lutar para estar com os melhores. Estar com os melhores faz-te ser melhor.
Qual foi o sentimento de vestir a camisola de Portugal pela primeira vez?
Para mim foi um orgulho. Portugal tem 11 milhões de pessoas e qualquer uma dessas pessoas gostava de estar a representar a Seleção. Senti o maior orgulho e tentei dar sempre o meu máximo.
Se tivesses de te apresentar, como te descrevias como jogador?
Sou um jogador inteligente, rápido. Gosto de assumir muitas vezes o jogo.
Onde te vês daqui a 10 anos?
Não sei, o futuro só a Deus pertence. A única coisa que posso dizer é que daqui a 10 ou 15 anos, vou continuar a trabalhar no máximo.