“Quero ser lembrado como aquele jogador baixinho que ia sempre à luta”


Diogo Nascimento estreou-se recentemente pelos sub-21 e tem sido um dos destaques do Vizela.

Com apenas 22 anos, Diogo Nascimento tem sido um dos destaques na edição 2024/25 da Segunda Liga.

Recentemente chamado à Seleção Nacional de Sub-21, o médio do Vizela está grato ao clube pelo momento que está a viver e revela as ambições que tem para a sua carreira.

Quando e onde é que começou o futebol para ti?
Desde que tenho memória. Sempre gostei imenso de jogar futebol, na rua, com os amigos, e depois comecei a jogar nos Marrazes, no clube da minha terra, e até hoje sempre joguei futebol.

Ao vires para Vizela, saíste pela primeira vez da tua zona de conforto, depois de só teres representado clubes de Lisboa. Que desafios é que isso te trouxe?
É uma cidade diferente. Saí da minha zona de conforto, já estava noutro clube há dez anos e saí, mas acho que foi muito positivo para mim. Foi um desafio para mim, viver numa cidade mais pequena, com menos distrações, por isso acho que foi muito positivo para a minha evolução.

Como foi a adaptação a Vizela? É muito diferente viver aqui e em Lisboa?
A minha adaptação foi bastante fácil. Os jogadores e as pessoas que trabalham aqui são grandes pessoas, fazem-te logo sentir em casa, portanto foi muito fácil a adaptação. Em termos de cidade, é muito bonita, calma e boa para a prática desportiva.

Como reflexo do bom trabalho que tens feito, foste chamado agora à Seleção de Sub-21. Sempre foi uma ambição tua ou foi algo inesperado para ti?
A chamada à Seleção está sempre presente, não penso muito nisso no dia-a-dia, mas quando saía as convocatórias via e tinha essa ambição, mas não é uma coisa em que pensasse todos os dias. Sinto-me muito feliz por representar o meu país. Como é óbvio, deve-se muito ao momento que estamos a viver no clube, por isso quero deixar um agradecimento ao Vizela porque quando estávamos numa fase pior, se calhar era mais difícil ser chamado.

“Sou um jogador com técnica, visão de jogo, intenso, que gosta de fazer a equipa jogar, ao primeiro toque.”

Esperas estar na convocatória final para o Europeu de Sub-21?
A chamada para o Europeu seria muito boa, mas agora é focar na reta final do campeonato e depois naturalmente as coisas podem acontecer.

É diferente representar um clube e a Seleção Nacional? Que sentimentos te trazem?
Os sentimentos são bastante idênticos. No Vizela gosto bastante do clube, portanto jogo sempre para dar o meu melhor e ajudar. Em termos de Seleção, é igual. Dar o nosso melhor para ajudar.

Se tivesses de te apresentar, como te descrevias enquanto jogador?
Acho que sou um jogador com técnica, visão de jogo, intenso, que gosta de fazer a equipa jogar, ao primeiro toque.

És um jogador criativo e de baixa estatura, num perfil semelhante ao de Luka Modric. Tens algum ídolo em que te inspires?
Sim, gosto muito do Modric, mas também gosto muito do Thiago Alcântara. É um jogador que vê coisas diferentes e vejo muitos vídeos deles.

“Espero jogar ao mais alto nível, nas melhores equipas. Nunca sabemos o futuro daqui a dez anos, mas espero estar dentro do futebol.”

Na posição onde jogas, no meio-campo, uma das principais características que o jogador deve ter é a inteligência para ler o jogo. Fora de campo, como está a tua situação escolar?
Está parada. Já completei a minha escolaridade, agora estou 100% focado no futebol e é isso que quero levar para a minha vida.

Quais são os teus maiores sonhos no futebol?
Jogar ao mais alto nível, na Champions, em Mundiais e jogar nas melhores equipas do mundo. É por aí.

Onde te vês daqui a dez anos?
Espero jogar ao mais alto nível, nas melhores equipas. Nunca sabemos o futuro daqui a dez anos, mas espero estar dentro do futebol.

Como queres ser recordado quando já não fizeres parte do futebol?
Nem sei bem, mas acho que quero ser lembrado como aquele jogador baixinho que ia sempre à luta, com garra, com ambição de ganhar todas as bolas e com qualidade.