Cristiano estratosférico
Cristiano Ronaldo recebe hoje a quarta Bota de Ouro da carreira, um feito notável e que mais nenhum outro jogador conseguiu alcançar na história do futebol. Como diz o Pedro Ribeiro, “que maravilha”…
Época após época, ultrapassa todos os limites e surpreende-nos todos os dias com novos recordes. Profissional, entrega-se de corpo e alma, com uma enorme capacidade de sacrifício e superação. Um exemplo para a classe. Cristiano é ‘nosso’, a nossa identidade. Uma referência para os jovens, para os futebolistas, para o país desportivo, para Portugal.
Mais de 500 golos em 13 anos, maior goleador da história do Real Madrid superando o mítico Raúl González, em menos tempo, três Bolas de Ouro, maior goleador de sempre da Selecção Nacional, entre outras conquistas colectivas, fazem de Cristiano Ronaldo um jogador estratosférico.
Na última temporada, 2014/15, o ‘nosso’ capitão marcou 48 golos nos 35 jogos da Liga Espanhola em que participou, somando seis “hat-tricks”, um “póquer” e uma “manita.” Que maravilha…
Aos 30 anos, é legítimo dizer que a ambição de Ronaldo não tem limites. Quando Fernando Santos aponta ao Europeu de França e nos convoca para essa caminhada não está sozinho. Cristiano é o capitão de equipa, o elemento agregador de uma geração de futebolistas que quer afirmar a sua qualidade e o seu país. Eu acredito.
A minha admiração por Cristiano Ronaldo ultrapassa os aspectos desportivos. É alguém que, ao contrário de outros, tudo o que tem deve-o a si próprio. Alguém que valoriza a família, os amigos e o país. Cristiano Ronaldo é um exemplo de humanismo e solidariedade. Um ser humano fantástico, que mais do que os actos praticados em campo, mais do que as palavras, valem os seus gestos solidários à escala global, gestos que o fazem grande, que nos fazem grandes, contribuindo para a alegria e esperança das crianças, sobretudo as mais carenciadas.
É verdade, é mais uma Bota de Ouro, mas, num momento de incerteza na Europa e de egoísmos, os gestos de Cristiano Ronaldo fazem a diferença, são simples, do tamanho do Mundo. Que maravilha…
Parabéns AMIGO.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (13 de Outubro de 2015)