Futebol em português


A inauguração da Cidade do Futebol, a presença do Benfica nos quartos-de-final da Liga dos Campeões e a morte de Fernando Mendes marcam por estes dias a actualidade desportiva nacional.

Na passada quinta-feira foi inaugurada a Cidade do Futebol, um marco histórico para o futebol português, assinado de forma superior.

O Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente e fez um discurso arrebatador. Realçou historicamente a importância social do futebol e alertou para a necessidade de este estar ao serviço da comunidade. Uma das melhores intervenções dos últimos anos sobre desporto. Uma visão singular. Muitos parabéns.

Fernando Gomes e a sua equipa concretizam um sonho, um sonho maior do que o futebol. Um sonho que os jogadores, verdadeiros protagonistas do futebol, alimentaram. De geração em geração, com o seu talento, o seu suor, os seus golos, a sua paixão e as suas vitórias vêem agora tornado realidade.

A Cidade do Futebol representa o presente e o futuro, onde as futuras gerações podem e devem aprender que o futebol, mais do que um desporto, é Portugal!

Falando do presente, hoje o Benfica tem um desafio importante na Alemanha, frente ao Bayern Munique, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Está por mérito próprio entre os oito melhores clubes europeus. Independentemente do resultado, o Benfica valoriza o futebol português e projecta-o no Mundo. Parabéns aos jogadores, equipa técnica e dirigentes.

Por fim, uma nota de pesar para a família, o Sporting e o futebol nacional por Fernando Mendes. O futebol português ficou mais pobre. O ‘eterno capitão’ do Sporting representou a Selecção Nacional, fez parte do célebre conjunto dos Magriços na caminhada para o Mundial de 1966 e deixou um importante legado no futebol português, nomeadamente no futebol de formação.

Conheci-o melhor, em 2006, numa viagem a Évora, acompanhando os Magriços de visita à Selecção Nacional. Um homem simples, discreto, educadíssimo e de trato fácil! Um senhor! A sua memória permanecerá! Até sempre, amigo!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (5 de Abril de 2016)

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