Há talento, tanto talento


Portugal acaba de se sagrar campeão da Europa de sub-17. Um feito histórico, revelador do talento que temos no nosso país e do trabalho que tem sido desenvolvido ao nível da formação, quer nos clubes, quer nas selecções.

Estamos efectivamente a assistir a uma mudança de paradigma! A afirmação do futebol português é hoje uma certeza, da base ao topo da pirâmide, com dimensão internacional. As vitórias não acontecem por acaso. A Federação, em particular, garante às associações, aos clubes e às selecções as condições de sucesso.

Treze anos depois, a Selecção Nacional de sub-17 recupera um título que nos deve orgulhar. Temos muitas e boas razões para acreditar no "talento" nacional. Além do título de campeão da Europa, esta selecção entrou para a história ao tornar-se no país com a média mais baixa de golos sofridos em todas as fases finais da competição. É obra!

Permitam-me enumerar aqueles que contribuíram para este sucesso. Jogadores que nos fazem regressar à infância, que nos dão confiança, que marcam a nossa identidade. José Gomes, avançado de apenas 17 anos, foi o melhor marcador do Europeu com sete golos. Diogo Dalot, lateral direito, mostrou um "talento desconhecido" ao apontar dois golos, nas meias-finais e final. Diogo Costa, guarda-redes de 16 anos, revelou uma grande segurança tendo em conta a tenra idade. João Filipe dinamizou o ataque português e deixou belos pormenores durante a competição. Gedson Fernandes foi o pêndulo do meio-campo e Diogo Queirós capitaneou uma equipa destinada ao sucesso.

Diogo Leite, Rúben Vinagre, Domingos Quina, Thierry Correia, João Lameira, Mickael Almeida, Rafael Leão, Mesaque Dju, Luís Silva, João Virgínia, Florentino e Miguel Luís, merecem também o nosso reconhecimento.

Uma palavra de apreço e de agradecimento para o meu amigo Hélio Sousa, um homem simples, discreto que, com o restante staff da Seleção Nacional, fazem um trabalho diário incansável em prol do futebol jovem português. Parabéns a todos!

Que este título sirva de inspiração para o que aí vem: Euro 2016 e Jogos Olímpicos. Acredito em Portugal, acredito no futebol português, acredito, sobretudo, nos nossos jovens. Força Portugal! Um abraço a todos do tamanho do nosso futebol!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (24 de Maio de 2016)

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