2016, provavelmente


Provavelmente, o ano de 2016 ficará para sempre na memória de todos os portugueses. Permitam-me, pela positiva e pela negativa, destacar alguns desses momentos no plano desportivo, em particular no futebol.

Campeões Europeus: a improvável conquista do Campeonato da Europa marca, de forma indelével, o desporto nacional. Um conjunto de jogadores excepcionais, um treinador pragmático e uma estrutura federativa alinhada garantiram o impossível. Disputar finais e ganhá-las. Irrepetível!

Cidade do Futebol: provavelmente será recordada como "a obra" do regime desportivo. Equipamento unificador e multiplicador do nosso talento, associado ao título de campeão da Europa de seniores e sub-17 e ao sucesso da selecção feminina que se apurou pela primeira vez para a fase final do Campeonato da Europa. É obra!

Cristiano Ronaldo: provavelmente a melhor "colheita" CR7. Venceu a quarta Bola de Ouro e ao título de campeão da Europa de seleções, juntou a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes pelo Real Madrid. Estratosférico!

Chapecoense: pela negativa, o ano de 2016 fica associado ao desastre aéreo que vitimou a equipa de futebol da Chapecoense. São poucas as palavras para descrever uma tragédia como esta. O futebol uniu-se e honrou as vítimas. Memória!

Programa de Educação e Formação: provavelmente a iniciativa do Sindicato dos Jogadores de que mais nos orgulhamos e com mais impacto no desporto. Garantir aos jogadores e jogadoras de futebol oportunidades de formação que possibilitem a sua qualificação. Um jogador qualificado é factor de sucesso para o clube, para o desporto e para o país.

14º Estágio do Jogador: a iniciativa de carácter social do Sindicato dos Jogadores, na pré-época desportiva, entre Junho e Agosto, permitiu a dezenas de futebolistas manterem a condição física antes de assinarem contrato por um novo clube. Mais de 50% dos jogadores que participaram foram colocados. Garantimos emprego!

Infelizmente 2016 chega ao fim! Que os sucessos e as derrotas sejam inspiradores para jogadores, treinadores, árbitros, dirigentes, para toda a família. Provavelmente em 2017 faremos melhor. A todos deixo um abraço do tamanho do nosso futebol.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (27 de Dezembro de 2016)

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