#Futebol no feminino


Volto ao futebol feminino e ao seu crescimento em Portugal, realçando o trabalho da Federação Portuguesa de Futebol e dos clubes que apostam na modalidade.

Destaco a Liga de Futebol Feminino Allianz e, em especial, a integração do Sporting CP e do SC Braga no principal escalão do futebol feminino. A participação destes clubes dá visibilidade à competição, eleva a fasquia ao nível do investimento e mobiliza novas praticantes a seguir o sonho de jogar futebol.

Há, contudo, um longo caminho a percorrer. Existem dois problemas de fundo que sobressaem nesta fase. O primeiro tem a ver com o número de praticantes federadas em Portugal. Só haverá crescimento da modalidade se o número de praticantes, nas diferentes zonas do país, aumentar. Estamos a progredir, mas será necessário um compromisso de todos os clubes com a formação de jogadoras, a melhoria de infraestruturas e das condições oferecidas às atletas. De uma vez por todas, o futebol feminino deve ser sinónimo de progresso desportivo. Os horários e condições de treino são a base da mudança.

Por outro lado, destaco os problemas específicos que a "profissionalização" do futebol feminino encontra. A adequada cobertura dos sinistros desportivos, a proteção na maternidade e a articulação entre a escola, vida familiar e o futebol, os custos associados às transferências internacionais, os contratos celebrados com as jogadoras e as garantias mínimas exigíveis são algumas das matérias que carecem de um tratamento específico. Pelo caminho assistimos a alguns atropelos e a formas mais ou menos ardilosas de fuga à legislação laboral. Não vale tudo!

Para além do debate que envolve os clubes ligados ao futebol feminino e a Federação Portuguesa de Futebol, que tutela as competições, o Sindicato, em articulação com os demais agentes desportivos, têm vindo a procurar respostas que dignifiquem a modalidade e protejam os direitos e garantias das atletas. Estamos comprometidos!

#Luisão. Registo a marca de 500 jogos que irá atingir, ao que tudo indica hoje, com a camisola do SL Benfica. Uma marca histórica entre clubes portugueses, reveladora do trabalho e dedicação do jogador. Capitão, deixo-te um abraço do tamanho do teu/nosso futebol.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (14 de fevereiro de 2017)

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