No pós-eleições


Esta semana destaco o ato eleitoral no Comité Olímpico de Portugal (COP), marcado pela reeleição de José Manuel Constantino para a presidência da Comissão Executiva e a renovação do mandato de Bruno de Carvalho como Presidente do Sporting Clube de Portugal.

O COP é uma instituição fundamental para o funcionamento do sistema desportivo, a casa das modalidades olímpicas. O atual presidente vê reconhecido o esforço de credibilização da instituição e o projeto para a valorização do programa olímpico português. A presença do Presidente da República é sinónimo de confiança e maior responsabilidade.

No que diz respeito à prática desportiva, existe um longo caminho a percorrer no desenvolvimento de uma política desportiva centrada no atleta e adequada às necessidades da alta competição, em especial quanto à criação de um sistema de incentivos. Destaco a obra feita e registo, sem complexos, o pensamento estruturado e a visão estratégica do Dr. José Manuel Constantino. Nem sempre concordando com ele, reconheço que é dos poucos dirigentes no ativo com ideia próprias, que me habituei a respeitar. Desejo-lhe um mandato de sucessos e que contribua para a valorização do praticante desportivo.

Será, igualmente, importante que o COP convoque as demais instituições que tutelam o desporto para um debate sério em torno dos problemas que afetam o setor.

No Sporting, realço a participação massiva neste ato eleitoral e o resultado revelador da confiança no trabalho desenvolvido. Do mandato cessante relembro a participação do Sporting na campanha "Em Campo Jogamos o mesmo Jogo", recebendo o SJPF, ANTF e APAF e os contributos para o debate sobre alguns dos problemas que afetam o futebol. Felicito o presidente Bruno de Carvalho pela reeleição.

Espera-se que o Sporting, reconhecido pela aposta na formação de jovens e nas diferentes modalidades, continue ativo na valorização do atleta português. A propósito, parabéns ao Nélson Évora e à Patrícia Mamona, pelas medalhas europeias e pelo exemplo de persistência e dedicação.

Os atos eleitorais fazem parte dos processos democráticos e o desporto deve encará-los com naturalidade. Em contextos diferentes, COP e Sporting estão de parabéns pelo exercício de cidadania desportiva.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (7 de março de 2017)

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