Geração ‘Millennials’
O futebol português é hoje uma referência no contexto da modalidade, muito pelo trabalho dos jogadores e técnicos que representam as seleções nacionais nos diversos escalões.
O jovem jogador português, em particular, é reconhecido e valorizado como nunca. Quero, por isso, deixar uma mensagem de reconhecimento e agradecimento à seleção de sub-21, pela prestação no Europeu.
Consequentemente, não posso deixar de destacar o trabalho do Rui Jorge, pela capacidade técnica, mas, sobretudo, pelas qualidades humanas. Revela uma preocupação, efetiva, com o crescimento dos jogadores, um fantástico exemplo do impacto que um jogador pode ter na modalidade após terminar a sua carreira, neste caso como treinador.
A participação do Rui Jorge na conferência Player’s Corner e o seu discurso focalizado na necessidade de qualificar, mas também de garantir oportunidades a médio e longo prazo, fazem-me ter a certeza de que o seu trabalho marcará esta geração.
Quanto ao formato competitivo do Europeu deste ano, lamenta-se que seja tão pouco inclusivo. A FIFA e a UEFA têm enfrentado um debate interno sobre o alargamento dos torneios, em nome de um futebol inclusivo que garanta oportunidades a mais nações.
Com duas vitórias irrepreensíveis, Portugal ficou fora da fase a eliminar. Cabe à UEFA repensar o modelo, em nome de um futebol que respeite o talento e a competitividade, garantindo experiências de alto nível a mais jogadores, especialmente nos escalões jovens.
Estou certo de que a nomeação de Tiago Craveiro para vice-presidente do Comité de Competições de Seleções da UEFA, a quem envio os meus parabéns, permitirá o debate sobre um novo modelo competitivo e, paralelamente, afirmará o valor de Portugal no fenómeno desportivo.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (27 de junho de 2017)