Ponto de Ruptura


Na semana passada o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Dr. Fernando Gomes, dirigiu a todos os agentes desportivos uma mensagem de indignação pelo estado atual do futebol português e um apelo forte à mudança de paradigma.

O Sindicato associou-se de imediato à mensagem, apelando a um “pacto de regime” na defesa da modalidade e dos agentes desportivos, em especial os jogadores. É urgente acabar com este clima de guerrilha entre competidores, sob pena de ficarmos reféns de um discurso de ódio completamente vazio de conteúdo e da modalidade cair em descrédito perante aqueles que verdadeiramente a financiam.

Seja pelo silêncio ou pelo ruído, a verdade é que os problemas centrais do futebol português não têm sido discutidos de forma séria e no local próprio, o que dificulta a implementação de medidas que visem uma solução na prática. Exemplo disso mesmo são as questões relacionadas com a arbitragem.

Como se não bastasse a tensão já existente entre os competidores, os problemas do futebol português são debatidos fora dos órgãos próprios e por pessoas que não assumem uma responsabilidade maior dentro dos clubes. Por isso mesmo, o Sindicato apela a todos os dirigentes para que assumam as suas responsabilidades, bem como as responsabilidades pelas ações dos seus subordinados.

Neste momento, para além da posição conjunta das instituições desportivas é importante a ação do poder político. O Sindicato defende há vários anos a reforma do Conselho Nacional do Desporto, quer ao nível da composição quer ao nível das competências, permitindo a este órgão utilizar a preponderância que tem no contexto do desporto nacional para tomar decisões que contendem com a sustentabilidade e o normal funcionamento do sistema desportivo.

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