Focados no praticante


O Sindicato concretizou o objetivo de criar um Fundo de Pensões para os jogadores. Há muito que procurávamos o apoio para este projeto, como resposta para minimizar os problemas relacionados com o abandono prematuro da carreira desportiva, por lesão, doença ou desemprego, e a transição para outra atividade, que constituiu um período de instabilidade financeira para a esmagadora maioria dos jogadores.

O apoio e envolvimento da Federação Portuguesa de Futebol para a constituição do Fundo de Pensões é um dos exemplos da política desportiva focada nas necessidades do praticante, pela qual nos batemos.

O Fundo será um instrumento complementar que visa a poupança e será colocado à disposição dos jogadores de futebol, e dos praticantes desportivos em geral, sem afetar o regime contributivo já instituído.

Iniciamos agora uma fase de diálogo com o poder político, com o objetivo de alcançar a previsão legislativa necessária para garantir dois objetivos fundamentais: a possibilidade de resgate deste Fundo no final da carreira desportiva, fixada em média nos 35 anos, e um benefício fiscal que incentive o esforço financeiro que é proposto, especialmente aos atletas que auferem rendimentos mais baixos. Queremos que o jogador acautele, desde cedo, a fase de transição.

A pensar noutro problema "silencioso" da profissão, as perturbações psicológicas que os jogadores enfrentam em diferentes momentos da sua carreira e após o término, o Sindicato lançará no próximo dia 19 de outubro, no Museu Nacional do Desporto, o Projeto de Saúde Mental.

Diagnosticar, atuar preventivamente e garantir respostas adequadas para os problemas do foro psicológico, são os grandes objetivos a atingir. Contamos com o apoio da comunidade desportiva!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (17 de outubro de 2017)

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