O futebol que nos cura
A Federação Portuguesa de Futebol juntou investigadores, especialistas e agentes desportivos para falar do papel do futebol na prevenção e tratamento de doenças.
O Sindicato dos Jogadores disse presente neste ‘Football is Medicine’, espaço de intercâmbio que reforçou os inúmeros benefícios da prática desportiva para a saúde e bem-estar da população. Aproveitando este congresso e o conceito do desporto como medicamento, levantámos o véu do projeto ‘Reminiscências’, que irá ser concretizado ainda este ano.
O ‘Reminiscências’ tem como ponto de partida a utilização das memórias do futebol para prevenir e minimizar os efeitos de doenças degenerativas entre a população idosa. Se considerarmos as estimativas de que 5% da população nacional acima dos 65 anos de idade sofre de algum tipo de demência, estamos, manifestamente, perante um problema ao qual o futebol pode e deve responder, atento o seu impacto social.
O Sindicato quer apoiar a rede de cuidados prestados aos idosos através deste programa terapêutico, dedicado à preservação e recuperação da memória através das recordações associadas ao futebol.
Contamos para o arranque desta iniciativa com o apoio da União das Misericórdias e da Associação Alzheimer Portugal, certos de que as instituições desportivas e demais entidades do setor social não ficarão indiferentes. Através deste projeto reiteramos a intenção de relacionar jogadores e ex-jogadores de futebol com a comunidade, aproveitando o impacto que as suas carreiras têm na vida destas pessoas.
Finalmente, deixo uma mensagem de parabéns ao Sporting CP pela vitória na Taça da Liga, assim como aos demais participantes na final four, pela entrega com que disputaram os seus respetivos jogos. E já agora, que a segunda metade da época traga mais grandes jogos, respeito e fair play entre os competidores.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (30 de janeiro de 2018)