Geniais
Portugal venceu a derradeira batalha em Ljubljana. Somos campeões europeus. Uma seleção jovem, brindada com o talento personificado no melhor jogador do mundo de futsal, que desafortunadamente caiu na derradeira final para, imediatamente, ser levantado pelo esplendor de Portugal.
Este título europeu dignificou o futsal português e todos os seus apoiantes. Não sendo o único objetivo de quem compete, é o mais evidente sinal de que o trabalho foi bem feito, dentro e fora dos pavilhões.
Parabéns aos jogadores e à equipa técnica nacional, grande atitude e dedicação ao longo do torneiro, à Federação Portuguesa de Futebol, cuja visão e planeamento estratégico para a modalidade nos transportaram para outro patamar, aos clubes que sustentam e continuarão a sustentar a base sem a qual competir a este nível não seria possível.
Numa modalidade que não garante os apoios logísticos e financeiros do futebol, é de louvar a dedicação de todos os envolvidos. Não tenhamos rodeios, é absolutamente notável o que a seleção portuguesa de futsal conseguiu fazer neste torneio, considerando o estado de desenvolvimento da modalidade no nosso país, a capacidade de investimento dos clubes e as condições laborais e desportivas oferecidas aos praticantes, em comparação com a realidade dos demais competidores.
Numa linha nem sempre fácil de traçar entre o amadorismo e o profissionalismo da competição e dos seus participantes, desejo que sobre esta conquista se aposte num modelo de desenvolvimento sustentável, que beneficie todos os que querem fazer da prática do futsal a carreira desportiva profissional em Portugal.
O Sindicato dos Jogadores e a Associação Portuguesa de Jogadores Amadores congratulam os nossos jogadores por este feito histórico. Bem hajam!
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (13 de fevereiro de 2018)