Match point


Esta semana decorreu o Estoril Open e finalmente um português venceu o torneio. João Sousa mostrou que também sabemos ganhar no ténis. E mostrou-o com classe, numa prestação fantástica.

O desporto em Portugal não é só futebol, aliás, que fique claro, ‘nós’ do futebol, nos quais me insiro, não temos nenhum preconceito relativamente às demais modalidades. Sempre fui eclético nas minhas opções desportivas. O desporto é para todos, o desporto é de todos.

Por isso, é da mais elementar justiça felicitar o João, pela sua qualidade técnica, pela sua maneira de estar. Sempre que os protagonistas valorizam o desporto, é indiferente se estamos perante ténis, futebol, ou qualquer outra modalidade. É a modalidade que ganha, é o desporto que sai valorizado.

E por falar em protagonistas, voltando ao futebol e ao fim-de-semana de match point, quero felicitar o Santa Clara pela subida ao principal escalão do futebol português, com tudo o que representa para as gentes dos Açores e para os jovens jogadores formados naquela região. Congratulo, igualmente, o Nacional da Madeira, que aliou o regresso à Liga NOS à conquista da Ledman LigaPro.

Quero, também, felicitar o FC Porto pelo título de campeão nacional. Numa época marcada pela intensa competitividade entre as equipas, mas também pelo ambiente pouco saudável vivenciado em alguns momentos, ressalvo a resposta positiva que os jogadores deram dentro de campo. Uma nota final para os vencidos, que dignificam o desporto nacional.

Não há, contudo, desporto e competição sem a outra face da moeda. Reconhecer quem foi melhor e respeitar quem foi derrotado é a essência do desporto, princípio que tantas vezes parece esquecido pelos agentes desportivos.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (8 de maio de 2018)

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