A máquina não para


Não pude assistir ao jogo de Portugal em direto. A essa hora encontrava-me em viagem para Hoofddorp, Holanda, onde participo em mais um ‘Board’ da Divisão Europa da FIFPro. De olhos postos no que se passa na Rússia, a máquina não para e seguimos com os trabalhos de preparação da próxima época, em particular, a debater a estratégia política da organização, perspetivando o diálogo com os ‘stakeholders’ europeus.

A reforma do sistema de transferências, as reformas ao nível do licenciamento, transparência e governação, o calendário internacional e o apoio a prestar aos jogadores do SCP serão temas em cima da mesa.

Em Portugal, a equipa do Sindicato já prepara o arranque da 16.ª edição do Estágio para jogadores sem contrato, uma iniciativa que este ano decorrerá na nossa nova casa, em Odivelas.

Além da componente desportiva, nos últimos anos desenvolvemos a componente formativa, com a intenção de promover o desenvolvimento do jogador. Este ano vamos promover um Curso de Formação Inicial de Dirigentes, certificado pela FPF. Queremos que os participantes mantenham o foco no prosseguimento da sua carreira, ao mesmo tempo em que contactam com especialistas em diferentes áreas, renovando e reforçando competências que os possam ajudar a ter sucesso, não só presente como no futuro.

A todos os profissionais de futebol que ainda não encontraram clube, independentemente da sua localização, deixo o apelo: falem com o Sindicato e inscrevam-se no Estágio, contamos convosco.

Voltando à Rússia, apesar do respeito pelo adversário, que é muito, hoje só havia duas opções: empatar ou ganhar. Sinceramente, sei bem qual é o nosso valor, mas um Mundial é isto, ultrapassar os desafios, chegar à final. Força, Portugal!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (26 de junho de 2018)

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