Cristiano, Mbappé e Modric!


Está visto o Mundial da Rússia e a França superou o amargo de boca com Portugal, de tão boa memória para nós. Apesar disso, foi impossível ao longo do último mês não simpatizar com esta equipa da Croácia, destemida e capaz de surpreender os oponentes com uma enorme entrega até ao último minuto de jogo.

Foi impressionante a força mental da Croácia e a forma como, prolongamento após prolongamento, chegaram a esta final. Esta geração croata ficou na história e não fosse o enormíssimo desejo que tenho em ver o nosso Cristiano Ronaldo levantar aquela Bola de Ouro mais uma vez, por tudo o que conquistou este ano, daria a Modric o prémio de melhor do mundo, pelo que joga e, sobretudo, pelo que faz jogar os seus companheiros. Espero vê-lo no pódio, pois é mais do que merecido.

Nesta França, de ouro, destaco o menino da formação monegasca que há alguns anos se inspirava no ídolo Cristiano Ronaldo para ser profissional. Mbappé marcou e, mesmo para os que não recordam os feitos do rei Pelé, fica claro que tem o toque dos predestinados para escrever a história do futebol mundial na próxima década.

Por fim, seja por jogar ao lado de Modric, seja por inspirar Mbappé, tenho de mencionar o nosso capitão, envolvido na transferência do ano, para a Juventus. Um ato corajoso de alguém que bateu todos os recordes em Madrid e podia, simplesmente, continuar a brilhar sobre esse legado.

Pois bem, 438 jogos e 450 golos depois, assistiremos à reinvenção do melhor do mundo, em Itália e com a camisola da Vecchia Signora, sabendo que com o trabalho e capacidade de superação que o Cristiano coloca no exercício da sua profissão, nada é impossível.

O meu amigo Damiano Tommasi perguntava-me há umas semanas se o Cristiano iria para Itália? Disse-lhe que não tinha dúvidas. Agora, em nome dos jogadores italianos, resta-lhe dar as boas-vindas!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (17 de julho de 2018)

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