Estratégia e diálogo


O Sindicato dos Jogadores foi anfitrião da segunda reunião da comissão de diálogo social, na qual apresentou às demais associações representativas de classe o plano estratégico para os próximos quatro anos.

Quisemos dar a conhecer a visão política e os projetos mais importantes a desenvolver, convictos de que existem diversas matérias em que a colaboração dos parceiros contribuirá para a valorização dos jogadores e dinamização do setor.

À semelhança do que acontece no plano europeu, acredito no diálogo social como uma ferramenta para a aproximação dos interesses divergentes das organizações que integram o sistema desportivo.

Vindos de uma época muito conturbada e marcada por um clima de guerrilha, faz sentido mostrar que é possível, apesar dos interesses divergentes, alcançar entendimento em matérias de importância central para o futuro do futebol português. A integridade, os quadros e calendário competitivo, a formação de dirigentes, os mecanismos de controlo, fiscalização e transparência são alguns dos exemplos.

Entretanto, disputou-se a Supertaça, que ditou a vitória do FC Porto, a quem dirijo os meus parabéns. Foi um duelo equilibrado e intenso, o que merece uma nota de valorização pelo trabalho do Aves.

Felizmente, apesar dos inúmeros fatores que contribuem para o aumento do fosso entre as equipas com maior estatuto e poderio financeiro face às demais, a dedicação e o trabalho dos ditos “pequenos” tem, a nível interno, permitido esbater diferenças.

A nível internacional, a conversa é outra e foi com pena que assisti à eliminação do Rio Ave. Espero que seja outra a sorte das demais equipas que disputam as eliminatórias (neste momento, Braga e Benfica) para que Portugal reforce o seu estatuto europeu. 

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (7 de agosto de 2018)

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