E depois das inscrições?


Encerrado o primeiro período de inscrições nas competições profissionais, alguns clubes ainda fazem contas à vida no que respeita à composição dos plantéis. Volto a denotar a persistência de um conjunto de práticas ilegais e inaceitáveis num futebol português que se quer profissional.

Face às queixas sobre comportamentos abusivos por parte das entidades empregadoras, como os habituais treinos à margem e pressão constante sobre o atleta para resolver sozinho o problema da dispensa, que não criou, resta-me dizer que, quer no plano da aplicação da legislação nacional, quer no âmbito das reformas promovidas a nível internacional, a realização do debate sobre o sistema vigente não pode alhear-se da necessidade de proteger o jogador.

Realço que, para os jogadores que beneficiem do estatuto de desempregado, leia-se os que a 31 de agosto se encontravam sem contrato de trabalho e com a situação laboral resolvida, existe ainda a possibilidade de inscrição nas vagas em aberto.

Muitos dos atletas que revogaram o contrato de trabalho por mútuo acordo nos últimos dias de mercado podem encontrar neste estatuto a possibilidade de resolver a situação profissional, antes da nova ‘janela’, em janeiro.

No debate sobre a coincidência entre o fecho da ‘janela’ e o início da competição, continuo a reconhecer o interesse para a estabilidade da competição, que se aplaude, mostrando reservas se representar um encurtamento dos períodos para inscrição de jogadores, principalmente dos atletas no desemprego.

Finalmente, porque vem aí a gala para a eleição do ‘The Best’, e do golo do ano, um enorme obrigado ao Ricardo Quaresma e ao Cristiano, por elevarem, mais uma vez, o nome do nosso país!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (4 de setembro de 2018)

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