O meu voto: Ronaldo “the Best”


Este ano acompanho a gala da FIFA e a entrega do prémio "The Best" com um sentimento de perplexidade face ao tratamento de que o Cristiano Ronaldo tem sido alvo nos últimos tempos, dentro daquela velha máxima de que o futebol, neste caso as organizações que o tutelam, tem memória curta.

A atribuição de um prémio individual encerra sempre a injustiça de deixar fora jogadores que são motores das respetivas equipas e seleções.

O juízo, a meu ver, deve residir nos títulos conquistados e na prestação individual do jogador para a sua conquista. Acho que nesse patamar o Real Madrid, enquanto equipa, e o Cristiano Ronaldo, individualmente, merecem os principais galardões.

Já falei sobre a mudança do Cristiano para a Juventus, no que entendo ser um ato de enorme coragem, paixão e ambição por novas conquistas. Custa-me dizê-lo, mas olhando a todos os acontecimentos recentes, em especial a expulsão na Liga dos Campeões, o tratamento dado ao nosso CR7 tem sido injusto. Deixo um sincero voto de consciência, não houve ninguém acima de Ronaldo na última época.

Por cá, quero deixar uma nota sobre a intervenção do Sindicato face à inaceitável atitude da nova administração da SAD da Associação Desportiva Oliveirense. A forma como treinador e jogadores foram dispensados é inaceitável e vamos retomar o debate sobre o modelo de gestão desportiva promovido pelas SAD´s e pelos investidores que as sustentam no Campeonato de Portugal. A precariedade nesta competição é há muito conhecida e urge criar mecanismos de fiscalização mais apertados.

Assim como o plantel da AD Oliveirense pediu apoio, quero deixar uma mensagem a todos os jogadores que se sintam lesados nas mesmas circunstâncias. Procurem defender os vossos direitos. Não pode valer tudo no futebol português.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (25 de setembro de 2018)

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