Os símbolos da longevidade


Esta semana quero assinalar o fim de carreira do Luisão, pela longevidade e dedicação a um clube, cada vez mais rara nos dias que correm, pelo cumprimento exemplar da função de capitão de equipa e pela capacidade que teve para se integrar na sociedade portuguesa, transmitindo-nos um sentimento de pertença ao futebol português.

Desejo-lhe as maiores felicidades para esta fase de transição de carreira e espero que possa ter a oportunidade de continuar a inspirar novas gerações de jogadores.

Para além da carreira do Luisão, a longevidade marca a ordem do dia em clubes e instituições, designadamente pelos 125 anos do FC Porto e pelo centenário da Associação de Futebol da Madeira.

O futebol é um setor em constante mudança e com enormes desafios para clubes e organizações desportivas, desde a base até ao topo da pirâmide. Devemos assinalar estes feitos e valorizar o nosso património desportivo.

Parabéns ao FC Porto, pelo legado que tem construído, pelos grandes jogadores que deu a conhecer a Portugal e pelas conquistas nacionais e internacionais, fruto de uma identidade forte e de um apoio fervoroso da massa associativa. Parabéns, também, à AF Madeira, que num contexto de insularidade tem sabido promover este desporto e expandido para além daquela região autónoma o talento dos jovens jogadores portugueses.

Reconheço a importância que o trabalho de jogadores, enquanto referências dentro das equipas e na relação com a comunidade, clubes e organizações têm para o desenvolvimento e promoção do nosso futebol.

Finalmente, quero associar-me aos elogios pelo gesto do Bruno Fernandes para com o colega de equipa recém-regressado aos relvados, Carlos Mané. Num contexto de forte competitividade, este gesto revela o caráter e maturidade do jogador e enobrece toda a classe.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (2 de outubro de 2018)

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