Diferentes gerações, qualidade lusa


Esta semana não posso deixar de assinalar a dupla jornada da Seleção Nacional AA e a tremenda eficácia que nos coloca muito perto de estar na fase seguinte da Liga das Nações. Louvo a integração de novos jogadores, alguns ainda muito jovens, nesta equipa que soube manter a consistência e o foco nos objetivos.

Com igual elogio ao trabalho dos Sub-21 e apesar das contas mais complicadas no grupo de apuramento para o Europeu da categoria, estou certo de que a turma do Rui Jorge vai dar conta do recado frente à Bósnia e Herzegovina. O talento e os resultados com que esta geração tem brindado o país merecem apoio e confiança total para este jogo difícil nos Barreiros.

Ao falar do talento dos jovens jogadores portugueses devemos, também, reconhecer o trabalho de quem os prepara para atingir o topo competitivo. Esta semana tivemos a notícia da saída de Leonardo Jardim do Mónaco, depois de um trabalho que considero excecional num país futebolístico dominado pela superpotência financeira Paris Saint-Germain.

Espero que Leonardo Jardim possa agarrar um novo desafio rapidamente, em Portugal ou lá fora e, assim, continuar a abrir as portas do futebol europeu ao talento português.

Por último, mas não menos importante, parabéns ao Vítor Baía pelos seus 49 anos. O trabalho de um Sindicato é difícil, mas muito gratificante quando constatamos a solidariedade dos grandes jogadores para com os que tiveram carreiras menos felizes, dos que emprestam um pouco do seu tempo e se solidarizam com a defesa dos interesses que são de toda a classe.

Enquanto jogador e apesar de ter conquistado o mundo, chego a perder a conta ao número de títulos conquistados, ressalvo o caráter e a postura do Vítor e desejo-lhe, pessoalmente e em representação da classe, as maiores felicidades.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (16 de outubro de 2018)

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