As contradições do futebol português


A nível de Selecções é indiscutível o sucesso das nossas equipas - AA e Sub-21 - ao garantirem, praticamente, o apuramento para o Campeonato do Mundo e da Europa de 2006, respectivamente.

No âmbito dos clubes, uma palavra de justo apreço para a honrosa presença do Sporting na final da Taça UEFA.

É, pois, indiscutível o sucesso das nossas equipas no plano internacional, ora ao nível de selecções, quer ao nível de clubes.

Constata-se, assim, a relevância do jogador para o sucesso desportivo e financeiro, e, como tal, não deixa de ser o principal factor gerador de receitas para a 'indústria do futebol'.

Paradoxalmente, continua a ser desvalorizado. Que assim é, basta atentar no desemprego galopante, no incumprimento salarial, nos processos abusivos, no aumento da sinistralidade e na redução de garantias de protecção social.

Neste cenário, cada vez mais cinzento, aumentam as responsabilidades do SINDICATO e, concomitantemente, dos próprios associados.

Responsabilidades pelo SINDICATO assumidas ao promover acções tendentes, se não a superar, a minimizarem os efeitos gravosos das aludidas anomalias.

A título de exemplo, importa referir: o Estágio para Jogadores Desempregados; a criação do Fundo de Pensões e do Fundo de Garantia Salarial; o Apoio Jurídico Gratuito e a promoção de Cursos de Formação Profissional.

No entanto, como se disse, o empenho do SINDICATO, só por si, será insuficiente. A intervenção dos associados torna-se, cada vez mais, indispensável.

Neste contexto, o SINDICATO, no início da próxima época, vai lançar um novo Cartão de Sócio ao qual estão associadas inúmeras vantagens.

O apelo que aqui se deixa a uma adesão maciça mais não significa, em última análise, que o reforço da dignidade e da solidariedade da classe.


Até sempre, Hugo!

O luto teima em não deixar o futebol português. Agora foi o Hugo Cunha. Deixa saudades o valoroso profissional e o particular amigo. A sua permanente boa disposição é inolvidável. Aos seus familiares, em especial esposa e filha, bem como aos Clubes em que militou e aos colegas que mais proximamente com ele trabalharam, quero deixar, em nome pessoal e do SINDICATO, sentido voto de pesar.

Ao Hugo, direi, repetindo-me, ATÉ SEMPRE..

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