Parabéns Sindicato


No passado dia 23, o Sindicato dos Jogadores assinalou o seu 47.º aniversário. Toda a equipa, e em particular os jogadores e jogadoras que fizeram e fazem parte da nossa casa, estão de parabéns.

É deles o contributo decisivo para a afirmação do Sindicato no plano nacional e internacional. Acredito que hoje, mais do que nunca, o coletivo dos jogadores tem um papel preponderante, na afirmação da pluralidade e na definição do modelo de desenvolvimento para um futebol em transformação.

O fim da lei da opção, o regime de proteção social adequado à profissão de desgaste rápido e curta duração, o reconhecimento como sócios ordinários da FPF, a primeira lei do praticante desportivo e respetivo contrato de trabalho, a adesão à FIFPro, a representação nos órgãos desportivos internacionais da FIFA e da UEFA, a criação do Fundo de Pensões ou a promoção do futebol feminino, entre outras conquistas, representam um enorme legado para os futebolistas e para o desporto nacional.

Em particular, a celebração do Contrato Coletivo de Trabalho, que continua a ser o normativo fundamental da relação laboral entre jogadores e clubes ou sociedades desportivas. Portugal continua a ser um exemplo no que respeita à defesa de direitos e garantias mínimos para os jogadores.

A nível internacional, acompanhámos o caso Bosman como momento de transformação do sistema de transferências. Hoje marcamos presença no ‘Board’ da Divisão Europa da FIFPro, temos a oportunidade de contribuir, na linha da frente, para as discussões fundamentais, como a (nova) reforma do regulamento de transferências da FIFA, do regulamento de acesso e atividade dos intermediários, a reformulação dos quadros competitivos e do calendário internacional, a organização das competições e distribuição de receitas. Quarenta e sete anos depois, continuamos em campo pelos jogadores.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (26 de fevereiro de 2019)

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