Venceu Moçambique


No último sábado decorreu no estádio do Restelo um jogo de futebol em que o vencedor foi, sem dúvida, Moçambique. Um dérbi com o melhor que dele resulta, espetáculo durante noventa minutos. Este jogo chegou a diferentes gerações e foi mais um sinal inequívoco de que temos muito a aprender com o futebol feminino, devemos continuar a investir no seu desenvolvimento.

Ligando este momento à qualificação das nossas sub-17 para o campeonato da Europa, perante uma França noutro patamar do seu desenvolvimento competitivo, diria que foi uma semana inesquecível para as nossas futebolistas e de enorme orgulho para os seus familiares, clubes e seleção.

Voltando à relação com Moçambique e ao laço incontornável da lusofonia, tocou-nos muito particularmente esta tragédia. É esmagador ver o sentimento de impotência daquelas populações e perceber que a ajuda humanitária, por mais insignificante que pareça, pode salvar incontáveis vidas humanas.

Embora a lógica não seja de retribuição, mas antes de solidariedade e irmandade, devemos muito a Moçambique e não esquecemos uma geração de magriços perfilada com Eusébio, Vicente Lucas, Hilário ou Mário Coluna, que faz da nossa história futebolística também a história de Moçambique.

Espero que a ajuda não fique por aqui e no Sindicato estamos já a analisar como podemos continuar a contribuir por esta causa.

Por fim, na semana que passou decorreu a assembleia-geral ordinária do Sindicato, momento que cumpre as formalidades legais, mas permite também uma reflexão interna sobre a atividade da nossa organização.

Foi com enorme satisfação que a assembleia acolheu por unanimidade o voto de louvor ao Nuno e a intenção de o tornar nosso embaixador, pelo caráter e exemplo de superação que tem sido, para que não se esqueça que é um dos nossos e que conta connosco para o que precisar.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (2 de abril de 2019)

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