Atleta e estudante, um passo em frente


O dia 29 de abril de 2019 representou um salto enorme do nosso sistema de ensino na integração dos cidadãos atletas de alta competição. O estatuto do estudante atleta do ensino superior é uma conquista dos praticantes, a somar às alterações que esperamos introduzidas no regime de acesso à atividade de treinador.

A promoção das carreias duais tem sido incentivada e apoiada a diferentes níveis pelo Sindicato. Gradualmente, vamos conseguir diminuir a lacuna que existia ao nível da formação.

Estamos agora aptos a dar aos praticantes que competem ao mais alto nível, seja ao serviço de um clube ou da seleção, as condições para construir de forma adequada as bases para a transição.

São muitas as medidas relevantes. A flexibilidade na escolha de horários e turmas, a justificação de faltas pela participação em competição ou a adequação dos momentos formais de avaliação são, em concreto, normativos que carecem agora de um trabalho de articulação com as instituições de ensino superior, em especial as mais conservadoras, bem como o incentivo junto de clubes e federações, para que invistam no desenvolvimento deste modelo.

Estou certo de que este diploma irá minimizar o impacto negativo que o fim da carreira desportiva tem no projeto de vida dos desportistas.

Duas notas finais. Quero realçar a enorme coragem e determinação do plantel do Vilafranquense, que finalmente viu cumpridas as promessas da SAD em regularizar os salários em atraso. Espero que não se repitam os erros cometidos esta época e que haja um projeto desportivo sustentável para estes jogadores que bem o merecem.

Quero, ainda, dar os parabéns ao Sporting pela conquista da Liga dos Campeões em futsal. Os jogadores foram enormes, dignificaram o clube, a modalidade e o país.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (30 de abril de 2019)

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