Liga NOS 2018/19


Está encontrado o campeão nacional e, enquanto presidente do Sindicato, quero felicitar o SL Benfica e os seus jogadores pela conquista do troféu. Uma nota, em especial, para Bruno Lage, jovem treinador que conseguiu afirmar-se com elevação, ganhou, também, no plano da ética e dos valores que o futebol tantas vezes ignora.

Fui enumerando os temas marcantes da competição ao longo da época. Fechadas as contas é mais fácil perceber que, do ponto de vista competitivo, o equilíbrio continua a verificar-se apenas nos extremos da tabela.

Entre os que lutam por títulos e os que lutam pela sobrevivência existe um fosso enorme que não pode deixar de nos fazer refletir, além da regionalização óbvia das equipas que conseguem alcançar o topo.

Também neste fim-de-semana, a equipa feminina do SL Benfica venceu a Taça de Portugal, deixando um sinal de força e vitalidade para a Liga feminina do próximo ano onde irá, certamente, competir com os principais candidatos ao título.

Uma palavra para o Valadares e para o trabalho desta equipa que demonstra bem as dificuldades dos clubes que já trabalhavam no futebol feminino para se manterem competitivos.

A capacidade financeira dos grandes clubes será sempre um fator de desequilíbrio, mas o aumento do número de praticantes e o talento imenso que ainda se encontra por descobrir, aliado a projetos sustentáveis, acabará, não tenho dúvidas, por trazer a competitividade e os resultados que o futebol feminino merece.

Em fim-de-semana de consagrações, o meu destaque final vai para o Nuno Pinto e o seu regresso aos relvados. Só para os menos atentos esta notícia pode soar a estranho, quando há uns meses temíamos pela mais dura batalha da sua vida.

A entrada do Nuno em campo tem um simbolismo enorme, a saúde e a vida dos jogadores está primeiro e esse valor, felizmente, ainda une o futebol, independentemente da cor da camisola.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (21 de maio de 2019)

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