Vitória para os portugueses


O dia 10 de junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portugueses, encontrou em 2019 uma expressão quase poética da sua comemoração. Vencemos a Liga das Nações, o futebol, contra muitas forças que incessantemente o tentam denegrir, voltou a colocar a pátria em primeiro lugar, a transmitir ao mundo, e a todos os que gostam do nosso país, a excelência que podemos alcançar.

As vitórias da seleção nacional emergem de um contexto que não pode ser ignorado na hora da comemoração. Sempre soubemos potenciar talentos, acolher de forma quase perfeita jovens futebolistas oriundos de diferentes pontos do país, e de países irmãos da lusofonia, a quem o futebol foi, felizmente, a porta para um futuro melhor.

Hoje temos um país de braços dados com os jogadores, uma estrutura federativa que apostou na modernização, na especialização e internacionalização, reunindo muitos dos nossos melhores talentos fora das quatro linhas. Esta estrutura ambiciosa, permitiu aos verdadeiros protagonistas chegar um pouco mais longe, ao momento das grandes decisões onde, finalmente, o trabalho de um selecionador pragmático e agregador fez a diferença.

Embora Fernando Santos entenda que não é preciso, ainda assim insisto no agradecimento aos jogadores, para que ninguém se esqueça que o melhor do futebol só existe por causa deles, à equipa técnica e demais estrutura da federação, por mostrarem a todo um país os novos caminhos dos heróis de Portugal, os quais certamente se vão da lei da morte libertando a cada conquista alcançada nos grandes palcos internacionais.

A vitória na Liga das Nações deve, sobretudo, motivar todos os agentes desportivos e dirigentes para a primeira e fundamental missão do futebol português: continuar a garantir condições de sucesso para esta e para as próximas gerações de jogadores que virão a compor as nossas seleções nacionais.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (11 de junho de 2019)
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