A saúde vem primeiro

Esta semana começo por uma reflexão que tem sido mantida no plano internacional entre organizações representativas de jogadores, clubes e organizadores de competições: o calendário competitivo e o impacto na saúde dos atletas.
Em final de época desportiva, e num ano em que não há Campeonato da Europa, ou Campeonato do Mundo, são muitas e diversas as competições internacionais, entre Europa, América e África, que ocupam o período tradicionalmente destinado à interrupção para férias.
O futebol está em constante evolução, mas existem premissas que as organizações de tutela devem manter bem presentes, designadamente a proteção da saúde e do repouso, usando se possível a evidência científica para prevenção de lesões e desgaste.
Ainda sobre a temática da saúde, Isidro, jogador do Pedroso, perdeu os sentidos em campo, frente ao Nogueirense, regressando ao jogo depois de embater com a cabeça no muro do recinto.
A má avaliação da concussão cerebral é um dos problemas a atacar urgentemente, é precisa formação dos staffs técnicos, à semelhança do que a Federação Portuguesa de Futebol já começou a promover, designadamente aprimorar o protocolo para avaliação do risco de lesão e harmonizar um procedimento que garanta a remoção do atleta do terreno de jogo, mesmo que contra a própria vontade. Desejo rápidas melhoras para o jogador.
Uma nota final para a fase final do Campeonato de Portugal e para as subidas à II Liga de Casa Pia e Vilafranquense. Deixo um cumprimento muito especial aos jogadores e amigos que tenho em ambos os plantéis, que se sacrificaram muito ao longo de toda a época desportiva. Faço votos para que os clubes que agora sobem estejam de olhos postos na sustentabilidade financeira e no cumprimento de todas as obrigações assumidas.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (18 de junho de 2019)