No caminho certo

Esta semana começo, naturalmente, por deixar uma mensagem de enorme reconhecimento ao fantástico percurso da seleção sub-19 no Campeonato da Europa do escalão.
Somos orgulhosamente vice-campeões europeus, com uma consistência notável que nos tem permitido ombrear com as principais seleções e alcançar feitos que há algum tempo era impensável vislumbrar com esta regularidade.
Ao míster Filipe Ramos e à sua equipa, uma nota pelo trabalho, pela visão que sei que partilhamos sobre o futebol jovem em Portugal e sobre a aposta no desenvolvimento do jovem jogador formado localmente que continua a ser, graças ao talento, à qualificação e ao know-how dos nossos recursos humanos, o fator que mais contribui para a afirmação futebolística de Portugal.
Renovo, ainda, os votos para que através de processos de certificação concluídos ou em curso, do investimento na tecnologia e modernização de infraestruturas e qualificação de recursos, com o envolvimento das equipas na Liga Revelação, nos projetos das equipas B, criaremos ambientes competitivos onde os nossos jovens, de forma sustentada, possam crescer e continuar a ter oportunidade, em especial na transição de júnior par sénior, para mostrar o seu valor. Ficamos mais perto, simultaneamente, de identificar e dar condições aos nossos melhores atletas para que alcancem o topo competitivo.
Por fim, associo-me às preocupações da FIFPro com a ação dos "falsos agentes". O Sindicato tem alertados nas suas plataformas para a importância dos jogadores se informarem sobre a idoneidade e o cumprimento dos formalismos pelos intermediários, tendo em vista a sua representação.
Pagar a alguém para que assegure a colocação num clube, sem quaisquer referências dessa pessoa ou garantias de que é um profissional idóneo, não pode acontecer. É fundamental que os jogadores se acautelem e denunciem estas pessoas, para que não prossigam com estes atos criminosos.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (30 de julho de 2019)