Os heróis da areia


Portugal é campeão do mundo de futebol de praia. Pela terceira vez, estamos no topo desta prestigiada competição. Madjer, o capitão, homem cujo talento e feitos alcançados tornam impossível falar da modalidade sem abordar o seu nome, chorou no derradeiro confronto ao serviço da nossa Seleção.

O seu legado está mais do que bem entregue, como vimos com a eleição recente de Jordan para melhor do mundo, mas é de títulos coletivos que a história se faz e, por isso, a estrutura federativa, os clubes e municípios que providenciam condições para a prática da modalidade, e os jogadores que lutam incansavelmente para dignificar e profissionalizar a cada dia a modalidade, estão de parabéns.

Esta semana quero, ainda, abordar a aproximação da reabertura do período de inscrições, com alguma notas sobre a conflituosidade e as incertezas quanto à sustentabilidade de diversos clubes.

Dirijo-me, em particular, aos jogadores, que devem procurar informar-se atempadamente sobre quando e de que forma podem exercer os seus direitos. Nas competições profissionais teremos um controlo financeiro a 15 de dezembro, que exigimos célere e eficaz.

Para o Campeonato de Portugal mantemos os conselhos para os atletas nacionais e estrangeiros, sobre a importância de documentar todas as obrigações assumidas pelos clubes, evitando os meros acordos verbais ou a exclusão de determinadas garantias, como o alojamento ou alimentação, do contrato de trabalho celebrado. Grande parte da conflituosidade nasce da fragilidade do acordo que foi celebrado.

Nessa medida, um apelo aos intermediários representantes de jogadores: sejam exigentes e rigorosos no momento da formalização dos contratos de trabalho. Têm o poder e a influência necessária para, também, contribuir para a diminuição da conflituosidade laboral.  

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (3 de dezembro de 2019)

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