O (nosso) Tarantini
Foi com enorme surpresa que me deparei com as palavras de um ex-internacional argentino, Alberto Tarantini, sobre o uso do nome pelo Ricardo (Tarantini), que recentemente atingiu a marca histórica dos 300 jogos na Liga.
A ideia da usurpação de nome é completamente disparatada, numa manifestação de falta de fair play, vinda de um homem do futebol, ex-jogador, que devia, pelo menos, aceitar que o uso de um ‘nome de guerra’, que corresponde ao nome de outro jogador, nomeadamente um que se deu a conhecer por ter feito parte de uma seleção mítica, é tão habitual que quase constitui uma norma assente nos costumes desta nossa atividade.
O Ricardo (Tarantini) não precisa, nem nunca precisou do nome do lateral-esquerdo argentino ou de quem quer que fosse para construir o seu caminho. O próprio já veio dizer que foram as semelhanças físicas que fizeram o nome colar, logo desde a formação.
Não cometeu nenhuma irregularidade ou imoralidade; a alcunha, que virou nome profissional, foi mais imposta pelos que privam com ele há anos, do que por si. Senhor Alberto Tarantini, além de ficar mal a azia, deixe-nos continuar a reconhecer e aplaudir o Ricardo, o (nosso) Tarantini.
Ainda sobre a intervenção do Sindicato em Leiria, face aos dois meses e meio de atraso no pagamento de salários. Urgem mudanças no Campeonato de Portugal. Levaremos em sede própria, à FPF, propostas que visam minimizar o problema, desde o modelo de licenciamento e controlo financeiro a medidas de combate aos contratos paralelos e falsos vínculos amadores, além do apelo para a aplicação eficaz das normas disciplinares por falsas declarações no procedimento de registo e inscrição de jogadores, que desvirtuam e colocam em risco a integridade desta competição.
Boas Festas, a toda a família do futebol.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (24 de dezembro de 2019)