Perspetivas para 2020


Prestes a encerrar mais um ano de trabalho, fica, em modo de balanço, a análise a diferentes áreas da intervenção do Sindicato.

Dentro da visão holística a que nos propomos, destaco a educação e a saúde como os setores em maior crescimento. Queremos aumentar o nível médio de qualificações entre a classe que representamos, encontrar colocação profissional no pós-carreira e produzir mais e melhor formação à medida das suas necessidades.

Além da saúde mental, a que dedicámos especial importância no ano que passou, queremos apoiar a investigação em diferentes áreas da saúde física do atleta e contribuir para um protocolo de apoio e assistência mais eficaz dentro do terreno de jogo, em matérias como, por exemplo, o tratamento da concussão cerebral.

No plano jurídico e no que às relações institucionais diz respeito, preocupam-nos os incumprimentos salariais reiterados no Campeonato de Portugal e chegar ao fim de mais um ano com um modelo de justiça desportiva totalmente desorganizado, muito por culpa de um Tribunal Arbitral do Desporto que, tendo retirado competência à CAP, mantém-se, pelo funcionamento, mas sobretudo pelas custas, inacessível à maioria dos praticantes.

Continuamos a bater-nos pelas reformas legislativas necessárias para tornar o fundo de pensões do jogador, já constituído, um mecanismo de poupança eficaz e capaz de responder nas fases decisivas da sua vida desportiva.

Este foi também o ano de início da segunda fase de construção da Academia do Jogador, em Odivelas, um espaço que irá muito para além da nova sede do Sindicato. Será um ponto de convergência das diferentes áreas de intervenção, a casa do jogador e da jogadora. Entramos em 2020 com o espírito de sempre: luta, diálogo e cooperação, pelo jogador, pelo futebol.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (31 de dezembro de 2019)

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