Parabéns, Sindicato


O Sindicato dos Jogadores assinalou no passado domingo, 23 de fevereiro, o seu quadragésimo oitavo aniversário. A fundação remonta ao período pré-revolução, com uma ação determinante da comissão instaladora encabeçada por Artur Jorge, e o propósito fundamental de romper com a ditadura contratual da "lei de opção".

Agostinho Oliveira, Vasco Gervásio, José Eduardo, José Couceiro e António Carraça seguiram a tarefa de profissionalizar, conquistar direitos e reforçar a credibilidade nacional e internacional a que hoje a minha equipa procura dar seguimento.

As reivindicações de hoje não são as mesmas de há quarenta e oito anos, mas exigem a mesma mobilização da classe e, da parte do Sindicato, o compromisso para defender os jogadores e jogadoras nas diferentes dimensões que afetam a sua carreira.

Nestas linhas não nos é possível entrar em detalhe nos objetivos para as diferentes áreas, por isso, destaco que além da educação, saúde, proteção social, empregabilidade, relação com a comunidade e promoção do futebol feminino, no que à defesa de direitos e garantias diz respeito, o acesso à justiça desportiva, a implementação do fundo de pensões e um sistema de controlo e fiscalização que garanta, independentemente da competição, maior segurança no trabalho do que aquela que existe, são prioridades.

Estamos perto de concretizar mais um objetivo estratégico, com a conclusão da Academia do Jogador, o espaço multidisciplinar onde teremos as condições de desenvolvimento de projetos focados na formação integral do jogador.

Em todos estes anos temos criado como marca indelével o legado de estar ao lado dos que mais precisam de nós e nos momentos mais difíceis. Não pretendemos ser unânimes, nem pensar igual aos demais, queremos com toda a determinação continuar a afirmar a voz dos jogadores em Portugal.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (25 de fevereiro de 2020)

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