Estamos de volta


O futebol está de regresso e os jogadores das equipas da Liga NOS retomam a atividade num contexto novo, enfrentando desafios, físicos e mentais, que nunca se haviam colocado antes, tudo fruto desta "season break" forçada pela COVID-19.

Na retoma, o Sindicato regista com satisfação o resultado de uma postura responsável e combativa ao longo dos últimos meses, contribuindo para uma situação menos caótica em comparação com outros países onde federações, clubes e autoridades de saúde ainda não se conseguiram entender.

Nos temas em que era exigível uma atitude de compromisso, estivemos presentes. Defendemos um princípio de acordo para diferimento de parte dos salários, em nome da sustentabilidade financeira dos clubes, seguido em muitos clubes, agilizámos um regime de prorrogação de contratos de trabalho que garante a estabilidade da competição e os direitos basilares dos jogadores, defendemos um protocolo rigoroso para a retoma da competição e apelámos à responsabilidade do organizador na proteção do bem que mais importa salvaguardar, a saúde.

 

“O FUTEBOL ESTÁ DE REGRESSO E OS JOGADORES DAS EQUIPAS DA LIGA NOS RETOMAM A ATIVIDADE NUM CONTEXTO NOVO, ENFRENTANDO DESAFIOS, FÍSICOS E MENTAIS, QUE NUNCA SE HAVIAM COLOCADO ANTES.”

 

Com a subscrição do seguro para os riscos causados pelo contágio pela Covid-19, demos mais um sinal, progressista e exemplar no contexto europeu, de que tudo está a ser feito para o sucesso da retoma.

Não ficamos por aqui e continuaremos a trabalhar num plano para os atletas que enfrentam, ainda, um período de paragem, indefinição quanto à retoma, desemprego e instabilidade.

Perante tamanho esforço do futebol em voltar com condições de segurança, num momento em que os atletas se procuram exceder e voltar ao melhor nível de rendimento, é frustrante, inaceitável e intolerável que todo este esforço seja contraposto com atos de violência como aqueles a que assistimos na passada semana. Já foi praticamente tudo dito sobre estas condutas criminosas, resta-me reforçar o apelo para uma atuação célere e eficaz.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (9 de junho de 2020)

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