Orgulho nos nossos jovens
A presença da equipa do Benfica na final da Youth League, depois da conquista histórica do FC Porto na época passada, reflete um trabalho meritório nos escalões de formação nacionais e a comprovação de que este investimento no desenvolvimento de talentos traz resultados, sendo fundamental para preservar a capacidade competitiva do futebol português.
São, também, boas notícias para as seleções nacionais jovens que podem usufruir de jogadores de grande talento, habituados a jogos de grande exigência competitiva. O espaço competitivo para jovens, seja nas equipas B, seja no escalão sub-23, ajuda a explicar este biénio fantástico na UEFA.
Desejo, por isso, a toda a estrutura do Benfica e aos jogadores em particular, a maior felicidade para esta final, e que Portugal possa reforçar o seu estatuto na competição.
Está de parabéns, igualmente, pelo feito histórico para o desporto português, o Miguel Oliveira. Que tremendo exemplo de superação, a demonstrar que o infortúnio que havia tido na corrida anterior só o tornou mais forte e focado nos objetivos.
“ESTE INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS TRAZ RESULTADOS, SENDO FUNDAMENTAL PARA PRESERVAR A CAPACIDADE COMPETITIVA DO FUTEBOL PORTUGUÊS.”
Numa altura em que o desporto não tem tido vida fácil, pelos constrangimentos financeiros e pelas restrições a que a saúde pública obriga, é com enorme satisfação que vemos atletas nacionais chegarem a este nível.
A pandemia, em definitivo, deve convocar a cooperação e diálogo institucional. FIFPro e ECA deram o exemplo ao traçar um conjunto de matérias respeitantes à retoma do calendário internacional, onde a proteção do jogador representa, igualmente, a proteção dos interesses do empregador.
Destaco o reconhecimento mútuo da importância do período de descanso e da necessidade de um plano para evitar o risco acrescido de lesões, entre jogos de equipas e seleções.
Artigo de opinião publicado em: jornal Record (25 de agosto de 2020)