Saúde e desporto


A pandemia trouxe-nos um anormal distanciamento entre saúde, na perspetiva do risco de contágio pela Covid-19, e prática desportiva.

As novas diretrizes da DGS deixaram de fora, no caso do futebol e sujeita a avaliação progressiva, a formação. Não existe, infelizmente, uma fórmula para anular o risco de contágio que representa a abertura do país desportivo, mas coloco-me ao lado das centenas de entidades formadoras, muitas com elevado investimento no processo de certificação, com o sentimento de que, progressivamente, precisamos de abrir estes espaços e fazer os jovens retomar a normalidade possível.

Continuo a elogiar o trabalho da DGS, mas é essencial ouvir os técnicos do desporto das mais diversas modalidades, para que possamos encontrar soluções compatíveis com o regresso da formação desportiva e respetiva competição para os jovens, em defesa de um desenvolvimento integral.

 

“É ESSENCIAL OUVIR OS TÉCNICOS DO DESPORTO DAS MAIS DIVERSAS MODALIDADES, PARA QUE POSSAMOS ENCONTRAR SOLUÇÕES COMPATÍVEIS COM O REGRESSO DA FORMAÇÃO DESPORTIVA.”

 

Desporto e escola são, mais do que nunca, fundamentais. O projeto Erasmus+ YODA Mentors entrou na sua última fase de execução, após um programa de formação online dirigido a potenciais mentores para a carreira dual.

De mais esta experiência internacional, ficam, para o Sindicato, importantes referenciais de formação e critérios para seleção de pessoas capazes de orientar atletas no ativo e guiar a difícil compatibilização entre vida académica e carreira desportiva.

Julgo que este projeto ajudará a trabalhar com as entidades de referência em Portugal a regulação de uma figura que, no futebol em particular, representa um enorme potencial.

Termino com os parabéns à Jéssica Silva pela conquista da Champions League ao serviço do Lyon. Enorme orgulho do trabalho que desenvolveu nesta experiência internacional, um exemplo de dedicação e perseverança.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (1 de setembro de 2020)

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