Não deixamos ninguém para trás


O Sindicato dos Jogadores lançou na passada semana o plano de emergência para fazer face às necessidades desta segunda vaga da pandemia, reforçando o trabalho que temos feito no terreno ao longo dos últimos meses.

Estamos muito satisfeitos por conseguir reforçar os mecanismos de apoio, face ao incumprimento salarial, desemprego e precariedade.

Destaco o fundo de solidariedade reforçado, no valor global de 250.000,00 €, que permitirá aos jogadores e jogadoras que contactem a linha criada - 213 219 594 - apresentar um pedido de apoio financeiro célere, a fundo perdido, perante uma vicissitude da sua vida que pode estar ligada ao emprego, saúde, gestão do orçamento familiar, entre outras.

Dentro deste pacote, destaco, ainda, o mecanismo já anunciado de assistência psicológica, através do qual estamos em condições de disponibilizar, aos jogadores e jogadoras que nos contactem, um psicólogo geograficamente próximo, fruto de uma parceria com a Ordem dos Psicólogos. As primeiras quatro consultas são suportadas pelo Sindicato.

O plano de emergência consiste numa consolidação dos mecanismos de assistência que o Sindicato tem vindo a acionar. A pandemia agravou os problemas, mas, estruturalmente, temos sido uma voz ativa na denúncia e capaz de agir, ao lado dos jogadores vítimas de abusos e exploração, nacionais e estrangeiros, que pediram uma resposta financeira e social, mas também o acompanhamento necessário para evitarem ficar reféns de um submundo com o qual o futebol não pode compactuar.

Espero que mais organizações se juntem a esta iniciativa e possamos ter, sob a égide deste plano de emergência, uma resposta articulada para o desporto, capaz de fazer a diferença na vida dos profissionais de futebol. Não deixamos ninguém para trás.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (17 de novembro de 2020)

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